REFLEXÕES BASEADAS NOS FILMES FÚRIA DE TITÃS 1 E 2.

Quem se enfraquece se não vivemos uma vida de oração? Deus ou nós?

 

Há um pouco mais de um mês chegou aos cinemas o filme Fúria de Titãs 2.  O enredo do filme mostra que os deuses gregos estão morrendo, devido ao povo deixar de recorrer a eles nas orações. Bem, como já disse anteriormente, não sou um grande estudioso da mitologia grega, mas uma coisa eu tenho certeza  e afirmo com toda convicção: O Deus que nós cristãos acreditamos sempre é e sempre será eterno, forte, e jamais será enfraquecido devido a nossa falta de oração. Deus, sem nós, continuará sendo sempre Deus, porém,  sem Deus, vamos nos enfraquecendo e morrendo aos poucos, como aqueles deuses da mitologia grega mostrados na super-produção hollywoodiana.

Então, se Deus sem nós continua sendo Deus, podemos deduzir que não Ele não precisa de nossas orações. Dedução totalmente equivocada já que Deus é um Pai misericordioso e amoroso, que ama a cada um de nós, Seus filhos, sem exceção, mesmo com nossas limitações. É como disse sábado passado aos meus crismandos, que odos nós, seres humanos, quando  amamos alguém, desejamos ardentemente encontrar a pessoa amada, que ela venha ao nosso encontro e converse conosco abertamente, sem medo, com toda sinceridade. Se nós que somos imagem e semelhança de Deus, porém, limitados por sermos humanos demais, imagina o nosso Deus que é perfeito e amor em plenitude anseia que nos coloquemos em oração e conversemos com Ele, abrindo o nosso coração para Ele, colocando confiantemente toda nossa vida em Suas mãos.

Portanto, a dedução correta é: Deus sempre será Deus, nunca enfraquecerá ou morrerá, mas, somos nós seres humanos que enfraquecemos e morremos, logo, somos nós que sem Ele, enfraquecemos e morremos ainda em vida. E que a oração, além de nos fortalecer, é nosso elo de ligação para conversamos com Deus e estamos sempre online para Ele 24 horas.

Com esta conclusão lógica e bem direta, chego ao final da pequena reflexão que faço baseado na mensagem central do filme Fúrias de Titãs. Aproveitando a oportunidade, aproveito para recapitular a reflexão que eu fiz do primeiro filme, na época em que assisti-lo.

 

 

Não confunda Zeus com Deus.*

Há aproximadamente um mês assistir o filme Fúria de Titãs. O que possa afirmar é que notei vários elementos cristãos da Palavra de Deus espalhados pelo filme. Confeso que não sou um grande estudioso e conhecedor da mitologia grega, portanto, não posso opinar se estes elementos existem mesmo na mitologia ou foram inseridos pelos roteiristas do filme.

 

Primeiramente, a rebeldia dos homens contra os deuses lembra muito a rebeldia do povo hebreu do Antigo Testamento e também nossa contra Deus. No filme é retratado que os humanos estão cansado da tirania dos deuses. No nosso caso e do povo hebreu é simplesmente ingratidão com um Deus Pai que nos ama e respeita a nossa liberdade, mesmo que façamos mau uso dela, ofendendo e magoando profundamente o Seu coração.

O Zeus do filme em alguns momentos é compassivo e misericordioso, ama demais os homens e mesmo magoado e triste com eles, não lhe deseja fazer mal a nenhum deles e até os protege. Será que estas semelhanças com o nosso Deus, Uno e Trino, em algumas cenas, é mera coincidência dos roteiristas?

Outro ponto, é o fato de Zeus ter um filho semi-deus, Perseu, vivendo entre os homens. A diferença é que Perseu é fruto de Zeus ter enganado a esposa de um rei humano rebelde a ele, portanto, fruto de vingança. O rei envergonhado joga a esposa e Perseu no mar, que é salvo e adotado por um casal humilde. Já o nosso Deus não é Zeus e Jesus é fruto do amor dEle por cada um de nós e não enganou Maria. Muito pelo contrário, enviou o Anjo Gabriel para lhe revelar tudo e apenas com o seu sincero "sim", é que o Espírito Santo pode agir nela e o Verbo se formar carne para habitar entre nós. Jesus não é semi-deus, é Deus por completo, 2ª Pessoa da Santíssima Trindade.

Perseu opta em ser humano e lutar pelos humanos, e o apoio e ajuda discreta de Zeus, lembra um pouco a missão de Jesus, já que Ele, mesmo sendo Deus, tornou-se humano, habitou e morreu por cada um de nós. E estando entre nós, Jesus com o seu modo de viver e sentir, nos ensina como nós seres humanos devemos viver.

Outra cena que merece comentário é quando o deus Hades, irmão de Zeus, propõe retalhar as ofensas dos seres humanos contra os deuses do Olímpio. Zeus permite, mas pede que não os destruam por completo, lembrando claramente o diálogo inicial entre Deus e o tentador.

No final do filme, Zeus diz a Perseu que jamais o sacrificaria. Não preciso dizer que inversamente a Zeus, o que Deus fez por cada um de nós.

Chegamos a conclusão após a análise crítica desta super-produção de Hollywood que, apesar de ter vários elementos cristãos da Palavra de Deus, Zeus não é Deus, Perseu não é de longe Jesus Cristo, os deuses do Olímpio não são santos (Hades é um exemplo disso). Fiel ou não a mitologia grega, os elementos do Cristianismo encontrados no filme nos ensina a valorizamos ainda mais a nossa fé e louvar e agradecer a Deus por ser real, amoroso e misericordioso, inverso dos deuses mitológicos gregos que pareciam ser mais preocupados em arengar feitos criança e punir os homens ao invés de amá-los e perdoá-los.

 

Rick Pinheiro.

Teólogo, professor de Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia, Bacharel de Direito, catequista crismal e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo da Arquidiocese de Maceió.

*= Postagem publicada originalmente em 17 de junho de 2010.