quarta-feira, 21 de setembro de 2011

JUVENTUDE QUER CONHECER DEUS E SUA IGREJA.

Reflexão.
Juventude quer conhecer Deus e Sua Igreja.

No primeiro sábado deste mês, eu e minha irmã e parceira de missão na PJ Arquidiocesana, Valquíria, estivermos no salão da Igreja Matriz de Santo Amaro, em Paripueira, realizando uma manhã de formação com os jovens coordenadores das paróquias que compõem a PJ Área Norte, de nossa Arquidiocese. Foi uma experiência enriquecedora e gratificante para os dois lados, já que podemos passar um pouco o que de fato é ser grupo de jovens e qual o valor da Santa Missa, explicando parte por parte, tirando todas as dúvidas que eles ainda tinham e ainda dando um gás a mais a participar da mesma.

Algumas semanas atrás uma jovem do movimento juvenil de encontro EJC - Encontro de Jovens com Cristo da minha Paróquia colocou no Facebook um apelo, à procura de alguém que pudesse fazer uma formação bíblica. Em poucos minutos,  outros jovens do mesmo movimento, também externaram suas dúvidas que iam do manuseio da Palavra de Deus a compreensão melhor da Santa Missa. Destes questionamentos, surgiu um pequeno grupo de estudos, que iniciamos na quinta-feira passada, com a autorização e bênção do nosso pároco.

No último domingo, eu e o nosso coordenador arquidiocesano Rogério Leite, passamos o dia todo no bairro de Garça Torta, dando formação para jovens coordenadores das comunidades da Paróquia Sagrada Família. Mesmo sendo um domingo chuvoso, que por si só estimula a qualquer um de nós, todos estavam atentos a tudo que passamos naquele abençoado dia.

Estes são apenas três exemplos recentes que partilho aqui para provar que, ao contrário do que muitos acusam, inclusive até mesmo sacerdotes, os jovens sentem sede de Deus e de conhecer Sua Palavra e Sua Igreja. O ditado popular "só amamos a quem conhecemos" se encaixa perfeitamente nesta situação. A juventude não está na missão apenas por "oba-oba", mas principalmente, se tornarem verdadeiramente discípulos e missionários de Jesus. Evidente que, infelizmente, existem alguns que de fato não querem compromissos e estão na Igreja por puro fogo de palha. Mas, acredito que esta situação é por questão de tempo, cabendo uma atitude nossa, sobretudo de outros jovens, para despertar neles o ardor missionário, que está adormecido dentro deles, e que não sabem que têm desde do batismo. A maioria de nós também entrou na Igreja por folia, mas, Deus, através de atitudes de nossos irmãos e irmãs, nos fisgou e hoje estamos compromissados e servindo com muito amor e dedicação.

Que os jovens, mesmo não dizendo, têm fome e sede de conhecer Deus, Sua Palavra e Sua Igreja, é a mais pura verdade. Portanto, que cada um de nós, leigos, sacerdotes e religiosos, que somos verdadeiramente Igreja, Corpo Místico de Cristo, nos deixemos guiar pelo Espírito Santo de Deus, e busquemos dar uma atenção melhor a formação dos nossos jovens.  

Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso, catequista, bacharel em Direito, assessor arquidiocesano da Pastoral da Juventude e membro do Grupo Teatral Apoteose, da Paróquia do Divino Espírito Santo, da Arquidiocese de Maceió.

CATÓLICO LIGHT.

Reflexão.
Católico light.

Na terça-feira da semana passada, em seu programa televisivo semanal, a apresentadora Hebe Camargo recebeu o presidente do Corinthians André Sanchez, que participou de um quadro onde responde várias perguntas feitas pelas convidadas da apresentadora. Uma delas questionou Sanchez sobre sua religiosidade, que respondeu sinceramente que era católico mas que estava em falha por não está indo a Missa. Desperdiçando mais uma oportunidade de ficar calada, a jurássica apresentadora, que por várias vezes se auto-denomina católica, interrompe Sanchez, soltado a pérola: "Não se preocupe, não é obrigatório ir a Missa!".

Infelizmente, a famosa apresentadora reflete o que boa parte dos batizados na Igreja pensa e vive. É o catolicismo light, onde não sou obrigado a viver a Palavra de Deus, muito menos louvá-Lo junto com os meus irmãos. Vou a Missa quando quero, quando posso e até mesmo quando estou afim. Posso mentir, roubar, enganar, participar de orgia, encher a cara... pois sou católico e  minha religão permite tudo. "Católico pode tudo!", confirmam os católicos lights uma das acusações clichês dos nossos irmãos afastados.

Puro egoísmo humano quem pensa asssim! Pensamentos e atos  assim não condiz com o que de fato é ser católico. É pura mesquinhez e desrespeito querer adaptar Deus, Sua Palavra e Sua Igreja a nossa conveniência humana. Particularmente, nunca aceitei e nem vou aceitar as expressões "Católicos Praticantes" e "Católicos não-praticantes". Nunca ouvimos falar em "evangélico não-praticante", "protestante não-praticante",  "crente não-praticante", muito menos "muçulmano não-praticante", "budista não-praticante", "espírita não-praticante". Por quê somente nós temos este "privilégio" de ser ou não praticante? O que nos faz melhores que as outras crenças, que nos faz ter a "moral" de baganhar com Deus? É muita soberba de nossa parte, se aceitarmos este rótulo que com certeza criado pelos inimigos de Deus.

 Fé se vive, logo se põe em prática. Portanto, não existe católico não-praticante. Existe sim, católico verdadeiro, que luta todos os dias para viver a Palavra de Deus, participa da Santa Missa aos domingos e, se possível, está engajado em algum grupo da Igreja, e o pseudo-católico, aquele que se diz católico, mas não vive acomodado, vivendo uma fé que é tudo, menos Cristocêntrica. Verdade simples e dura, já que para ser católico não é apenas ser batizado, viver do jeito que bem entende e aparecer na igreja eventualmente. Ser católico é viver, logo é sempre ser praticante. Não praticante não existe, pois quem não vive, está morto. Pura lógica!

Nosso Senhor Jesus Cristo nos alerta que o nosso "sim" deve ser  verdadeiramente sim e o nosso "não" verdadeiramente não. O que for além disso não vem dEle, mas do maligno. Portanto,  ser católico não-praticante não é ser católico, mas é uma ir de encontro a vontade de Deus. Que cada um analise sua própria condição de vida, reflita profundamente e saia do comodismo do catolicismo light e busque ser verdadeiramente católico.

Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso, bacharel em Direito, catequista, assessor arquidiocesano da Pastoral da Juventude e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo, da Arquidiocese de Maceió.

RECORDAR É VIVER: GRUPO TEATRAL EVANGELIZADOR CRISTO REI.

Partilha Missionária / Homenagem.
Recordar é viver: Grupo Teatral Evangelizador Cristo Rei.

Num vigília do mês de julho de 1998, na Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, a jovem Gilmara Farias, apontando para o altar, disse que eu voltaria a evangelizar através do teatro. Na verdade, Gil estava apenas sendo um instrumento de Deus. Meses depois, a promessa dEle, feita através daquela jovem crismanda e amiga foi cumprinda com a criação do Grupo Teatral Evangelizador Cristo Rei, fundado por nós e nossos irmãos Marcos Francisco, Iusseff Franklin e Rodrigo Correia.

Desde de sua criação, o grupo enfrentou vários desafios dentro e fora da Igreja, mas sem perder a alegria de servir e o ardor misionário de evangelizar através da arte do teatro. Foram dez anos de apresentações evangelizadoras, na Paróquia e em outras paróquias e localidades. Lembro-me com muita saudade de apresentações na Romaria Jovem, organizada até hoje pelos meus irmãos da AJS e nos encontros da CJC, também realizados até hoje, das realizadas em festas externas de padroeiros e padroeiras, em comunidades carentes como Aldeia do Índio, no Jacintinho, do projeto Evangelização nas Escolas, onde levarmos as escolas públicas do nosso bairro e vizinhos, peças sobre drogas e sexualidade desenfreada.

Recordo-me também com saudades, do desafio que para mim foi o mais difícil. Tivemos um crise interna às vésperas da apresentação da Paixão de Cristo. Pura birra de crianças, que por pouco, não impediu que a apresentação evangelizadora fosse realizada. Horas antes da apresentação, eu e meus amigos-irmãos Heliomar e Bruno Vinícus, sem experiência nenhuma em produção, alegremente, começamos a montar o cenário, confeccionar adereços de cena e organização dos figurinos. Dias antes, eu e Bruno Vinicius tivermos a arriscada, mas divertida aventura de entrar no Vale do Reginaldo à procura de um jumentinho, para Jesus entrar na cena da entrada triunfal em Jerusalém. Tudo isso, mesmo com o clima pesado de intriga que pairava, com alegria, amor  e dedicação.

Foram quase dez anos de evangelização missionária teatral. Muitos foram os jovens que ingressaram no grupo, deram sua valiosa contribuição e saíram, para avançar para águas mais profundas ou, infelizmente, optaram pelas coisas  que o mundo oferecem.  Como não recordar da animadíssima Juliana e do tímido Paulo, ambos de saudosa memória, que antes de partir para a Casa do Pai, passaram pelo nosso Grupo Cristo Rei e estavam em pleno vigor, na ocasião da precoce partida, na Juventude Missionária da nossa Paróquia e na RCC do Convento dos Capuchinhos, respectivamente. 

Sem falsa modéstia, o Grupo Teatral Evangelizador Cristo Rei marcou para sempre a história da nossa querida Paróquia do Divino Espírito Santo e dos seus membros que passaram por lá. Prova  disso é que boa parte de nós estamos engajados em outros grupos e movimentos da Igreja, sejam na Paróquia do Divino Espírito Santo ou de outras paróquias, e até mesmo dioceses, já que alguns de nós, estão morando em outros Estados. Inclusive, temos um noviça carmelita e um sacerdote, que participaram ativamente do nosso grupo.

Ontem, se ainda estivesse em atividade, o Grupo Teatral Evangelizador Cristo Rei, completaria treze anos de apresentações evangelizadoras e missionárias, na Paróquia do Divino Espírito Santo e outras. Quis Deus que o grupo, infelizmente, fosse extinto. Mas, com certeza, os frutos da evangelização missionária através do teatro, permanecerão para sempre.

Rick Pinheiro.
Louvando e agradecendo a Deus pela missão do Grupo Teatral Evangelizador Cristo Rei.

Nota: Fotos de apresentações do grupo meramente ilustrativas, não tendo relação direta com as pessoas citadas nos parágrafos que elas estão ao lado.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

OS EMBALOS SANTOS DE SÁBADO À NOITE.

Partilha Missionária.
Os embalos santos de sábado à noite.

Sábado à noite, 17 de setembro de 2011. Mais de trinta adolescentes e jovens, do povoado Barra Grande em Maragogi, lotam um ônibus fretado e encaram a estrada a fim de curtir uma balada na cidade de Porto Calvo. Até aqui nada demais, já que muitos jovens cruzam as estradas do nosso país, se deslocando para cidades vizinhas ou não, para se divertirem e extravassarem toda sua energia juvenil na pista de dança. O que chama  bastante atenção é o fato destes jovens saírem de Barra Grande para ir a I Cristoteca, promovida pelo recém-criado Grupo JUC, da Paróquia Nossa Senhora da Apresentação, em Porto Calvo.

Minutos antes do pároco Pe. Roniel fazer a oração inicial, os jovens de Barra Grande chegaram ao local do evento, tomando conta do salão de um casa da cidade, destinada para realização de eventos. Com toda alegria, descontração, mas sem alcool ou droga de qualquer espécie, jovens e adolescentes, e até mesmo criança, se soltaram ao som da música eletrônica, hip-hop, rap, forró, swingueira e axé music, todos com letras cristãs do repertório católico e até mesmo algumas protestantes, tocadas pelo nosso  irmão DJ W e sua equipe, da Paróquia Nossa da Conceição, em São Luiz do Quintude. A alegria contagiante dos jovens de Barra Grande chamou atenção de outros jovens da cidade de Porto Calvo que, mesmo com a opção de um show secular a poucas casas ao lado da balada Cristoteca, escolheram livremente pelo divertimento sadio e puro que somente uma balada cristã proporciona.

A balada cristã se estendeu até às 02 da manhã, apenas uma hora antes do fim da balada secular praticamente ao lado. Os jovens de Barra Grande saíram por volta da meia-noite, mas deixaram toda alegria e o salão lotado com os jovens de Porto Calvo, uma jovem de Messias e um não tão jovem de Maceió que partilha por escrito esta abençoada experiência, que foram representando a equipe arquidiocesana da Pastoral da Juventude. Sem sombra de dúvida, os jovens de Barra Grande voltaram encarar a estrada, cheios do amor de Deus e com a missão dupla cumprida de prestigiar o evento dos irmãos e irmãs em Cristo, e principalmente, de serem intrumentos de Deus para que outros jovens da cidade visitada, fossem tocados  e optassem pela balada santa.

Eu e minha parceira de missão Thamires, que aproveito para agradecer pela disponibilidade para esta missão, assim como todos que participaram desta abençoada balada santa, sairmos preenchidos do amor de Deus, muito felizes e mais abastecidos de ânimo para encarar os desafios que surgem no decorrer de nossa missão. Como seria bom que todas as Paróquias, em especial de nossa Arquidiocese, despertassem para eventos como Cristoteca, que não somente ofertam ao jovem uma opção de lazer sadio e seguro, mas, principalmente, evangeliza e os despertam para missão de servir a Deus. Infelizmente, em Maceió, a Cristoteca ainda não pegou, provavelmente pelas várias ofertas seculares que existem numa capital, mas, que experiências como a que ocorreu no sábado passado em Porto Calvo, sejam difundidas e sirvam de exemplo para os grupos e movimentos juvenis, se animem e realizem uma balada santa em suas comunidades.

O Grupo JUC, mesmo com menos de dez componentes, realizaram a Cristoteca, com o apoio paternal do pároco e fraternal de outros movimentos e pastorais da Paróquia. Mas, ao fim do evento, a semente foi lançada em Porto Calvo e outros jovens daquela cidade ficaram tocados do amor de Deus e vão usar os seus dons, engajando-se na JUC ou em outros grupos da Paróquia. Um excelente exemplo que numa Paróquia onde Padre e outros grupos caminham lado-a-lado e apoiam sua juventude, nossa Igreja se enriquece na evangelização e alegramos o coração de Deus, salvando mais almas para eles. Um exemplo que precisa ser conhecido e multiplicado em nossas comunidades.

Deixo registrado a minha gratidão pela calorosa e fraterna acolhida, e meus sinceros parabéns pela ousadia de cada membro da JUC, de deixa-se guiar pelo Espírito Santo e encarar um desafio que muitos grupos e movimentos veteranos e com um número superior de componentes, por motivos que só Deus conhece, ainda não encararm. Também agradeço o Pe. Roniel e os demais grupos paroquiais, que acolheram a ideia dos seus jovens e tornaram possível a concretização da mesma. E por fim, agradeço e parabenizo ao pároco da Paróquia Santo Antônio e aos jovens da Comunidade de Barra Grande, por viverem a Unidade e colocarem-se à disposição para prestigiar um evento da nossa Igreja, sendo instrumentos de Deus para tocar o coração de outros jovens.

Peçamos a Deus perseverança a todos nós, e que os exemplos de ser verdadeiramente Igreja que acabei de partilhar nesta postagem sejam seguidos e postos em práticas por todos nós, sobretudo, que fazem a Arquidiocese de Maceió.

Rick Pinheiro.
Muito feliz, pela ação de Deus e exemplos de ser Igreja na I Cristoteca de Porto Calvo.

UM LINDO E ANIMADO FORRÓ PROTESTANTE.

 

Como relatarei na próxima postagem, participei no último sábado  de uma abençoada e animada Cristoteca em Porto Calvo.  Foi uma mistura de ritmos, em lindíssimas músicas cristãs. Como forrozeiro o ponto alto da festa para mim foi quando o DJ W tocou o meu ritmo favorito. Belas músicas cristãs, na maioria, músicas gospel tocadas pela Banda Expresso Pentecostal, de Belém (Pará), que deixa no chinelo muita banda nordestina secular.

Louvor protestante, mas não deixa de ser louvor a Deus, né galera?

Espero que vocês gostem da música acima.

Rick Pinheiro.
Cristão forrozeiro.