quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CATÓLICO LIGHT.

Reflexão.
Católico light.

Na terça-feira da semana passada, em seu programa televisivo semanal, a apresentadora Hebe Camargo recebeu o presidente do Corinthians André Sanchez, que participou de um quadro onde responde várias perguntas feitas pelas convidadas da apresentadora. Uma delas questionou Sanchez sobre sua religiosidade, que respondeu sinceramente que era católico mas que estava em falha por não está indo a Missa. Desperdiçando mais uma oportunidade de ficar calada, a jurássica apresentadora, que por várias vezes se auto-denomina católica, interrompe Sanchez, soltado a pérola: "Não se preocupe, não é obrigatório ir a Missa!".

Infelizmente, a famosa apresentadora reflete o que boa parte dos batizados na Igreja pensa e vive. É o catolicismo light, onde não sou obrigado a viver a Palavra de Deus, muito menos louvá-Lo junto com os meus irmãos. Vou a Missa quando quero, quando posso e até mesmo quando estou afim. Posso mentir, roubar, enganar, participar de orgia, encher a cara... pois sou católico e  minha religão permite tudo. "Católico pode tudo!", confirmam os católicos lights uma das acusações clichês dos nossos irmãos afastados.

Puro egoísmo humano quem pensa asssim! Pensamentos e atos  assim não condiz com o que de fato é ser católico. É pura mesquinhez e desrespeito querer adaptar Deus, Sua Palavra e Sua Igreja a nossa conveniência humana. Particularmente, nunca aceitei e nem vou aceitar as expressões "Católicos Praticantes" e "Católicos não-praticantes". Nunca ouvimos falar em "evangélico não-praticante", "protestante não-praticante",  "crente não-praticante", muito menos "muçulmano não-praticante", "budista não-praticante", "espírita não-praticante". Por quê somente nós temos este "privilégio" de ser ou não praticante? O que nos faz melhores que as outras crenças, que nos faz ter a "moral" de baganhar com Deus? É muita soberba de nossa parte, se aceitarmos este rótulo que com certeza criado pelos inimigos de Deus.

 Fé se vive, logo se põe em prática. Portanto, não existe católico não-praticante. Existe sim, católico verdadeiro, que luta todos os dias para viver a Palavra de Deus, participa da Santa Missa aos domingos e, se possível, está engajado em algum grupo da Igreja, e o pseudo-católico, aquele que se diz católico, mas não vive acomodado, vivendo uma fé que é tudo, menos Cristocêntrica. Verdade simples e dura, já que para ser católico não é apenas ser batizado, viver do jeito que bem entende e aparecer na igreja eventualmente. Ser católico é viver, logo é sempre ser praticante. Não praticante não existe, pois quem não vive, está morto. Pura lógica!

Nosso Senhor Jesus Cristo nos alerta que o nosso "sim" deve ser  verdadeiramente sim e o nosso "não" verdadeiramente não. O que for além disso não vem dEle, mas do maligno. Portanto,  ser católico não-praticante não é ser católico, mas é uma ir de encontro a vontade de Deus. Que cada um analise sua própria condição de vida, reflita profundamente e saia do comodismo do catolicismo light e busque ser verdadeiramente católico.

Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso, bacharel em Direito, catequista, assessor arquidiocesano da Pastoral da Juventude e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo, da Arquidiocese de Maceió.

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