sexta-feira, 11 de maio de 2012

AS TRÁGICAS CONSEQUÊNCIAS DE NÃO VIVER UM NAMORO EM DEUS.*

No final de julho de 2010, ao sair do Seminário Provincial de Maceió, onde participei de uma reunião de organização de uma Vigília pelas Vocações, encontrei um grande amigo meu e irmão em Cristo, vindo de um compromisso de trabalho. Ele me ofereceu uma carona e aproveitamos para colocar os assuntos em dia. O assunto que dominou a nossa convesa foi sobre uma audiência na justiça, onde ele e sua ex-namorada.

Eles se conheceram num grupo numa determinada Paróquia da nossa Arquidiocese, onde eram membros atuantes e viviam fielmente a vontade de Deus. Ficaram amigos. Ela se apaixonou por ele e lutou incansavelmente até conseguir uma chance com ele. Percebendo, porém, que ele não nutria o mesmo sentimento por ela e a qualquer momento poderia terminar o que, na minha opinião, não deveria nem ter começado, o seduziu e acabaram tendo relações sexuais. Mesmo assim, o namoro não vingou, e semanas após o término do mesmo, descobriu está grávida. Meu amigo, um homem de verdade, disse para ela que assumiria a criança, e num ato nobre, e raro nos homens de hoje em dia, disse com toda sinceridade para ela: "Eu e você, como pai desta criança, sempre terá, mas eu e você, como homem e mulher, apenas na amizade!". Inconformada, hoje está fazendo um inferno na vida deste meu amigo, fazendo de tudo para ele não exercer o seu papel de pai, nem sequer deixando-o ver a criança. Alguns meses atrás, ele desabafou tudo isso comigo e eu o aconselhei que acionasse na justiça. Me contando sobre a audiência de conciliação, disse que por pouco ela não foi presa por desacato ao magistrado, pois não aceitou ser repreendida pelo mesmo, quando lhe disse que ela não podia impedi-lo de ser pai.

O caso do meu amigo é apenas um exemplo de milhares das consequências de um namoro fora dos planos de Deus. O sexo é algo tão belíssimo, um ato de amor que Deus criou, para selar um amor de duas pessoas, portanto, o momento certo para vivê-lo é no matrimônio. Infelizmente, mesmo diante de exemplos vivos das consequências trágicas do sexo fora do casamento (outro exemplo: crimes violentos como os recentes casos do goleiro Bruno e da advogada Mércia assassinada pelo ex-namorado o também advogado Ismael), ainda não seguimos a vontade de Deus. Em nome de um "moderno" pensamento de falsa liberdade acabamos destruindo não somente a nossa vida, mas também a vida de outras pessoas que amamos. Uma liberdade que nos acorrenta a dor e ao sofrimento.

O plano de Deus para nós é um plano de amor. Se nós que somos humanos, não damos algo ruim para os nossos filhos, imagina Deus Pai Amor. Ao determinar que o sexo deve ser realizado no casamento, por mais que não queiramos aceitar, Ele sabe muito bem o que estava fazendo, por isso mesmo, por mais que o mundo pressionde e pregue ao contrário, a Igreja jamais mudará sua posição na defesa do sexo apenas no relacionamento conjugal.

O namoro é uma fase de conhecimento um do outro, fazendo-os crescer mutuamente. E como é rico conhecer o outro, a pessoa do outro. E o nosso conhecimento completo um do outro será justamente o do corpo do outro, na consumação do casamento.

Particularmente, tive poucos namoros, mas vivi os dois lados.Tive apenas dois namoros onde vivemos a castidade e alguns outros, que vivemos a mentalidade liberal do mundo. O mais durador foi justamente o namoro casto. E não me arrependo. E não tínhamos desejo um pelo outro? Claro que sim. Mas quando vínhamos que as coisas iriam sair do controle, era a hora de cada um ir para sua casa, para abaixar o fogo. Acreditem meus irmãos, conseguirmos. E todos conseguem, afinal, somos seres humanos, imagem e semelhança de Deus, racionais e que dominam os seus desejos.

Hoje, quero viver meu último namoro santo, que me faça crescer como homem e eu a faça crescer como mulher, que nos prepare para sermos marido e mulher, e pais de família responsáveis, onde somente a morte possa nos separar. Atualmente amo demais uma pessoa. Pena que o amor que ela sente por mim é filos. Sinto desejo por ela? Lógico. Desejo de beijá-la, de segurar suas mãos, de abraçá-la, de lhe fazer um cafuné, de conversamos os nossos sentimentos mais íntimos, abrindo o coração um para o outro, enfim, crescemos juntos como pessoas. Sairmos ontem, como amigos, e confeso a vocês, foi muito gostoso, conversar com ela, rimos juntos, melhor que qualquer experiência sexual que eu já tive, onde o momento de prazer terminou após o ato, ao contrário do simples ato de caminhar na praia, vistiar um amigo comum e comer uma tapioca, tudo isso ao lado da pessoa amada, mesmo sendo apenas como amigos, que ficará para sempre em minha memória, me deixando ansioso para a próxima vez que nos vemos. Evidente que o desejo, acima citado, permaneceu. Mas não dói e machuca tanto, como muitos namoros vividos fora do plano de Deus.

"Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a devasidão, a impureza, as paixões, os maus desejos..." (Cl 3, 5). Este é o apelo que Deus nos faz, através de São Paulo. Portanto, este deve ser o nosso proceder. Pode ser careta, quadrado, careta, fora de moda aos olhos do mundo. Mas para nós, cristãos católicos estará sempre atual e em moda, afinal, a Palavra de Deus nunca passará pois dura para sempre.

Rick Pinheiro.
Buscando viver a sexualidade conforme a vontade de Deus.

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