Na minha infância, pré e adolescência, eu e meus colegas tínhamos como ídolos (não no sentido bíblico de idolatria, mas de admiração mesmo), os astros de ação, em especial, Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Chuck Norris, Bruce Lee, Charles Bronson, Bruce Willis e, posteriormente, Jean Claude Van Damme, Steven Seagal, Jackie Chan (mesmo fazendo filmes desde da década de 70, tornou-se popular por aqui apenas na década de 90), Dolph Lundgren e outros astros de ação, nem todos bons atores, mas bons em dar porrada. Nesta época, era comum admiramos estes brucutus, sem duvidarem da nossa masculinidade. Tínhamos inclusive posters destes astros pendurados em nossos quartos, torcendo para completarmos os 18 anos, para podemos começar a malhar e nos matricular numa academia, para temos um corpo igual ao deles e ganhar muitas meninas. Hoje, qualquer pivete com grana começa a malhar, nessas irresponsáveis academias clandestinas, espalhadas por nossa cidade.
Como é comum em todo o relacionamento humano, sempre tomavamos partido para defender as nossas opiniões. E uma questão que sempre girou era quem era o melhor entre os dois principais astros de filmes de ação. Particularmente, sempre gostei mais do Stallone. Talvez por seus filmes ser um pouco mais realistas que os do Schwarzenegger, que praticamente era um herói que não apanhava e nem sequer chegava a sangrar, dentornando sozinho um exército inteiro, ao contrário dos Rambo, Rocky, Falcão e Cobra interpretados por Stallone, que às vezes apanhava tanto que dava até raiva. Meus colegas, porém, preferiam o Schwarzenegger, e faziam questão de defendê-lo, afimando que era melhor e mais forte que Stallone. Também pudera, antes de ser um brucutu e um dos reis dos filmes de ação, o atual governador da Califórnia, tinha vários títulos de halterofilismo como Mr. Universo, Mr. Olímpia, Mr. Sei lá mais o que.
Porém, o tempo passa para todos nós. Stallone permaneceu numa carreira de altos e baixos, mas sem deixar de malhar, cuidando do corpo, relaxando apenas para fazer o filme Cop Land, drama/policial onde ele interpreta um xerife fora de forma de um bairro nova-iorquino. Já Schwarzie, entrou para política, foi eleito governador e deixou de passar na academia. O resultado do duelo perseverança x relaxamento no cuidado do corpo dos dois astros de filmes de ação, vocês podem conferir na foto ao lado. Se estivesse ainda participando daquela discussão de infância e adolescência com meus colegas, eu ganharia. rsssss...
Mas afinal, o que os brucutus do cinema e o tema deste pretenso artigo tem em comum? Simples, meus queridos internautas. Assim como o corpo, nossa mente e nossa fé precisam também ser cuidados e mantidos em ordem.
A nossa mente não para. Até quando dormimos ele está trabalhando. Para exercitá-la é necessário a leitura constante. Criamos o gosto pela leitura na infância. Particularmente, quando criança lia gibis aos montes, dos mais variados gostos e gêneros. Na minha coleção tinha Turma da Mônica, Personagens da Disney, Heróis da Marvel e da DC. Com o passar do tempo, por incentivo dos professores que tive, passamos a ler livros de ficção, de uma série chamada Vaga Lume. Eram livros simples, para crianças e adolescentes, com muita aventura, ação e suspense. Se eu não me engano, esta coleção ainda existe, mas sem a mesma força, já que a geração de hoje prefere a internet aos livros. Na adolescência, no período pré-vestibular tivemos contato com os clássicos da literatura, como o chato Dom Casmurro e os interessantes Senhora, São Bernado, entre outras leituras obrigatórias da nossa literatura. Criei um gosto tão grande pela leitura, que hoje leio, no mínimo, de dois a três livros por mês, dos mais variados gêneros: ficção, religiosos, teológicos e jurídicos. Evidente que passei o meu tempo sem malhar a mente, sem ler um livro sequer, e percebi que foram nestes momentos que me tornei mais lento e preguiçoso, prejudicando meus estudos, minha profissão e até mesmo a missão que Deus me confiou. Por tudo isso, afirmo, por experiência própria, que precisamos malhar a nossa mente sempre, todos os dias. Mesmo quando estamos de férias dos estudos e trabalho, se faz necessário fazemos a leitura de algo mais leve, de preferência uma obra ficcional. Mas jamais o hábito da leitura deve ser deixado de lado.
Assim como o nosso corpo e a nossa mente, precisamos também malhar a nossa espiritualidade. Nossa fé, precisa e deve ser alimentada todos os dias, do contrário, nos desanimaremos e nos afastamos de Deus na primeira dificuldade. Temos como "halteres" para a nossa malhação espiritual, a oração diária, a leitura e vivência da Palavra de Deus, a participação todos os domingos da Santa Missa, a busca constante dos sacramentos da reconciliação e comunhão, onde recebemos o próprio Cristo, e a leitura de documentos da Igreja, testemunhos e escritos dos Santos e de autores católicos.
Após a leitura deste pretenso artigo, avaliem se hoje vocês estão sendo o esforçado Stallone ou o relaxado Schwarzenegger. Cabe a cada de um de nós cuidar da própria saúde por completo. Busquemos sempre cuidar, malhar e preservar a nossa boa forma física, mental e espiritual. Lembremos que se um dos três padece, os demais são afetados.
Rick Pinheiro.
Precisando urgentemente malhar o corpo, a mente e a fé.
* = Publicada originalmente em 29/07/10.
* = Publicada originalmente em 29/07/10.
acho que a busca por saúde ou uma melhor qualidade vida é válido,porém a Bíblia nos diz vaidade tudo é vaidade, o fim disso nós já sabemos qual é!tudo seja para louvar a Deus até nosso corpo
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