Nesta busca cega, esquecemos de reparar que Deus, na Sua infinita misericórdia, está agindo sem parar, todos os dias, 24 horas, em nossa história. A própria vida é um milagre. Mas a insistente teimosia humana nos cega e não reparamos que os verdadeiros milagres não são aqueles apresentados pelos "apóstolo" Valdomiro e cia de "apóstolos", "pastores" e "bispos", que aparecem na televisão, fazendo mais milagres que o próprio Jesus fez quando esteve de passagem por aqui. Os verdadeiros milagres são aqueles que acontecem no nosso dia-a-dia, diante de nossos olhos.
Particularmente, neste mesmo período em 2010, aconteceram dois milagres, sendo um comigo mesmo e outro que eu testemunhei. Revendo meus arquivos me sentir tocado em relatá-los partilhando com vocês.
O primeiro foi na noite de quinta-feira, dia 03 de Junho, naquele ano dia de Corpus Christi. Por motivos particulares, não pude participar da Procissão e Santa Missa no Centro de Maceió, por isso fui participar da Santa Missa na Igreja Matriz de Santo Antônio, em Bebedouro. Pe. Walfran estava inspiradíssimo e fez uma belíssima homilia sobre São Francisco de Assis, o amor a Eucaristia e aos Sacerdotes. A Santa Missa iniciou-se às 19:30 e terminou por volta das 22:15.
Estava no ponto de ônibus, esperando o Circular 1, que eu achava que ainda iria passar, quando três senhoras idosas, também vindo da Igreja de Santo Antônio chegaram no ponto. Após aproximadamente 10 minutos de espera, constatamos que não tinham mais ônibus e elas me convidaram a subirmos a Ladeira que dar acesso ao Hospital Sanatório e onde fica um terminal de ônibus. No caminho, fomos partilhando sobre a Santa Missa, sobre a procissão no Centro. Já estavamos quase terminando a nossa subida, quando de repente, um ônibus que faz a linha Circular 2, cortou um carro e veio em nossa direção em alta velocidade. Até agora não sei explicar como apenas alguns centímetros nos separou da inevitável colisão do ônibus conosco. Pela velocidade era morte na certa para nós quatro. Mas de alguma maneira só sentimos mesmo o ventinho daquele ônibus "tirando tinta da gente".
Naquela noite ainda tive o milagre de pegar na Av. Fernandes Lima, o ônibus Salvador Lyra - Iguatemi, que não passava mais às 23 horas, algo que o próprio motorista não soube explicar o atraso.
O outro milagre eu testemunhei na tarde do dia 06 de junho do mesmo ano. Estava voltando do 10º DDN, encontro organizado pelos meus irmãos em Cristo e parceiros de PJ Arquidiocesana Vinicius e Bárbara. Estava no ônibus Benedito Bentes - Pta. Verde, na Av. Dep. José Lages, quando de repente um motoqueiro, ultrapassou o sinal vermelho, em alta velocidade e colidiu na lateral do ônibus, entrando por debaixo do mesmo. A princípio eu não quis olhar, pois pelo impacto da pancada demonstrava que tínhamo ali um cadáver estraçalhado. Espantosamente, como menos de 5 minutos, o motoqueiro estava em pé, efetuando uma ligação. Até a moto e o ônibus não tiveram tanto estragos. Já vi corridas na TV que pancadas bem mais leves que aquela de ontem destruir por completo um carrro.
Pergunto: Os dois fatos relatados não são obras de Deus?
Deus não precisa realizar fatos assim para provar sua existência e que está conosco. Ele assim o faz porque quer e nos ama ardentemente. Como já disse acima, a própria vida é um milagre. São nos pequenos fatos do cotidiano que Deus age. Pergunte, por exemplo a um pai de famíla desempregado, ou a moradores de ruas, ou a membros de Comunidade de Vida que vivem unicamente da Providência, ou a uma mulher que carregou por 9 meses um filho em seu ventre. Basta abrimos o coração e os nossos olhos que veremos que Deus vive e age no meio de nós.
Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso e Filosofia da Rede Pública do Estado de Alagoas, Bacharel em Direito e catequista.
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