quinta-feira, 21 de junho de 2012

PAI NOSSO REFLEXIVO.

Pai Nosso

Será inútil dizer
"Pai Nosso"
se em minha vida não ajo como filho de Deus, fechando meu coração ao amor.

Será inútil dizer
"que estais nos céus"
se os meus valores são representados pelos bens da terra.

Será inútil dizer
"santificado seja o vosso nome"
se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo.

Será inútil dizer
"venha a nós o vosso reino"
se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades.

Será inútil dizer
"seja feita a vossa vontade aqui na terra como no céu"
se no fundo desejo mesmo é que todos os meus desejos se realizem.

Será inútil dizer
"o pão nosso de cada dia nos daí hoje"
se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome.

Será inútil dizer
"perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam meu caminho.

Será inútil dizer
"e não nos deixais cair em tentação"
se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho de Deus.

Será inútil dizer
"livrai-nos do mal"
se por minha própria vontade procuro os prazeres materiais, e se tudo o que é proibido me seduz.

Será inútil dizer
"Amém"
porque sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para me modificar.

Seja diferente acredite que você pode mudar.

( Henry Charles Deberdt )

PAI NOSSO MEDITADO.


Pai Nosso meditado
(Autor: desconhecido)


CRISTÃO: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui.
CRISTÃO: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!
CRISTÃO: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai nosso que estais no céu...

DEUS: Aí, você chamou de novo.
CRISTÃO: Fiz o que?
DEUS: Me chamou. Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que Posso ajudá-lo?
CRISTÃO: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?

CRISTÃO: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas, prossiga sua oração.
CRISTÃO: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espere aí! O que você quer dizer com isso?
CRISTÃO: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.
CRISTÃO: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra
SANTIFICADO ...

CRISTÃO: "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu...
DEUS: Está falando sério?
CRISTÃO: Claro! Porque não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?
CRISTÃO: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?

CRISTÃO: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei. Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás, e o pouco tempo que você dedica à Mim?
CRISTÃO: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
CRISTÃO: Está certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente peço saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Ótimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.
CRISTÃO: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: "o pão nosso de cada dia nos daí hoje..."
DEUS: Pare aí! Você está me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!

CRISTÃO: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
DEUS: E o seu irmão desprezado?
CRISTÃO: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
CRISTÃO: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.
CRISTÃO: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei

CRISTÃO: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!
CRISTÃO: Mais uma vez está certo! Mais do que quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.

DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você como está se sentindo?
CRISTÃO: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...
CRISTÃO: "E não deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Ótimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
CRISTÃO: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
CRISTÃO: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre me pedir socorro.
CRISTÃO: Puxa, como estou envergonhado!
DEUS: Você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de novo, para mais uma vez vir fazer negócios comigo!

CRISTÃO: Estou com muita vergonha, perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdoo! Sempre perdoo a quem está disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.

CRISTÃO: Terminar? Há, sim, "Amém!"
DEUS: O que quer dizer amém?
CRISTÃO: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer amém quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! Quer dizer: assim seja, concordo com tudo que orei.

CRISTÃO: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, quer ser livre do pecado. Abençoo-te e fica com minha paz!

CRISTÃO: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

NÃO SOMOS CARANGUEJOS.


"Vai!
Vai na paz e não volta jamais.
Quem vive de passado é museu.
Caranguejo é que anda pra trás.
Se não deu valor, então vai."

Interessante como o refrão de uma música secular nos faz recordar de um recado que Deus nos dá todos os dias e na nosso teimosia humana fazemos questão de ignorar, mesmo que a intenção do autor com certeza não tenha sido evangelizar. De fato, Deus pouco se importa com os erros que cometemos no passado, mas que busquemos nos arrenpender e nos esforçamos ao máximo para vivermos conforme a Sua vontade. "O que passou, passou", diz o ditado popular e só serve de lição para não mais cometemos os mesmos erros.

Mas, parece que fazemos questão de reviver tudo aquilo que não agregou valores a nossa vida e, hora ou outra, já estamos nós de novo caindo nas mesmas ciladas do inimigo, nos deixando contaminar pelo seu veneno, jogado em nós com um único objetivo de nos afastar de Deus e nos fazer negá-Lo. São Paulo nos ensina que em Cristo somos homens e mulheres novos, logo, é inadmissível voltarmos a cometer os mesmos erros que além de ofender violentamente o coração do nosso Pai amoroso, ainda nos levar a dor e ao sofrimento.

Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina que "Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha, porque arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior. Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como o outro se conservam." (Mt 9, 17).  Portanto, que possamos buscar viver como novos homens e mulheres que somos, nos esforçando dia-a-dia para vivermos conforme a vontade Divina, agregando em nossa vida tudo aquilo que  pois somente assim obteremos a verdadeira paz e felicidade. 

Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia, bacharel em Direito, catequista crismal e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo da Arquidiocese de Maceió.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

HORÓSCOPO: PRÁTICA IDIOTA E ANTI-CRISTÃ.

Na época da última Copa do Mundo de Futebol, precisamente no dia 24 de junho, foi noticiado no Jornal da Globo que o chato, grosso e ranzinza técnico da seleção francesa, acreditava em horóscopo e escalhava os seus jogadores de acordo com esta crendice imbecil. Evidente que como essa prática é irreal, não teve influência nenhuma e o horóscopo não serve nem como desculpa esfarrapada para tentar justificar os erros toscos do quase ex-técnico da seleção francesa. Só este fato  já tinha me motivado a escrever uma reflexão falando sobre horóscopo. Mas ao receber um recado-alerta do meu amigo-irmão Eudes, sentir como confirmação de Deus para escrever imediatamente sobre este assunto que confunde muitos dos nossos irmãos, em especial, as adolescentes.

Lembro-me que na primeira vez que eu fiquei sozinho, com a minha primeira turma de Crisma. Quando toquei neste assunto, afirmando que o horóscopo não é uma prática coerente com a nossa fé, as crismandas se revoltaram comigo, a ponto de procurarem a minha parceira catequista e pedirem a minha cabeça. Este foi o meu primeiro confronto na caminhada na Igreja por causa de uma verdade de fé não aceita por pessoas que querem viver o catolicismo à sua maneira.

Mas vamos aos fatos que comprovam porque a astrologia e a nossa fé cristã católica são totamente divergentes e incompatíveis.

Reflitam comigo: Se Deus nos concedeu o livre-arbítrio, respeitando plenamente esta nossa liberdade, por quê então daria os astros celestes para guiar as nossas vidas? Seria, então, uma liberdade vigiada, que teriam o sol, a lua, os planetas, como nossas correntes. Sendo assim, Deus mentiu, porque nem deu, nem respeita a nossa liberdade.

Tem mais: se determinado signo do zodiáco diz que no dia de hoje não é para sair de casa, então, ninguém deste signo deve sair, pois a previsão não é apenas para um pessoa específica, mas para todos deste signo. Logo, era só levar o jornal do dia, junto com minha certidão de nascimento, aos nossos chefes no trabalho e os nossos professores, eles retirariam o registro da nossa falta. Questão de lógica, né galera?

Vamos a uma experência prática. Faço um desafio a vocês. Peguem dois ou mais jornais e revistas, e abram no "seu signo" e veja o que ele determina para o dia de hoje. Vocês constatarão que em cada um dos veículos de comunicação, o seu signo dirá coisas diferentes. Então, se sou adepto desta crendice popular, qual destas previsões estão certas? Aquela que eu achar mais a minha cara? Fala sério, né galera? Isso ocorre justamente porque quem escreve essas tolices são jornalistas, na maioria em início de carreira ou até mesmo ainda acadêmicos estagiários, que são pagos para inventar o que cada um dos signos tem a dizer. Evidente que, tem também gente que se profissionalizou em horóscopo, os chamados astrológos, que escrevem essas "previsões". Mas vejam com os próprios olhos, que os mesmos se contradizem.

Se até agora você não se convenceu com a verdade óbvia que eu apresento, então, vamos ao que diz o Único que não mente. Em sua Palavra, Deus nos ensina o seguinte:

"Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à advinhação, à ASTROLOGIA, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à advinhação ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, ABOMINA aqueles que se dão a essas práticas...
SERÁS INTEIRAMENTE DO SENHOR, TEU DEUS." (Deuteronômio 18, 12s).

Deus é claro conosco. Nos adverte que a astrologia é uma das práticas abomináveis por Ele. Sendo assim, é inaceitável que um cristão católico pratique a astrologia. acreditando em horóscopo. Fazendo isso, estaremos ofendendo a Deus, fazendo o mal aos Seus olhos, à exemplo do Rei Manassés (cf. II Reis 21, 6; II Crônicas 33, 6). Não podemos ficar em cima do muro e ser católicos meia-boca. Não podemos ser como a Rádio Gazeta FM de Maceió, que às 18 horas toca a "Ave Maria", mas logo cedo pela manhã, divulgar o horóscopo do dia. O fato é que, como católicos precisamos nos adaptar a vontade de Deus e não adaptá-la a nossa vontade.

Se você até agora acreditava nesta prática idiota e anti-cristã chamada horóscopo, não se desespere, nem tão pouco se ache indigno de seguir a Deus. Até porque, um dos requisitos para ocorra o pecado é justamente o conhecimento prévio que a prática trata-se de um. Então, a partir de hoje, expulse de sua vida todas estas práticas que Deus abomina. Não sejam guiados pelo que determina os homens travestidos de astros celestes. Mas deixe que Deus seja o Único a guiar a sua vida.


Rick Pinheiro.
Católico convicto que Deus é que determina a nossa vida e nos os astros celestes.

ESTOU OUVINDO A VOZ DE DEUS?*

Dois fatos corriqueiros do nosso cotidiano são o ponto de partida para esta pequena reflexão. Na lanchonte Panini, localizada no Centro de Maceió, onde eu costumava almoçar quando emendava faculdade e trabalho, me chamou e até hoje me chama atenção a eficiência do pequeno grupo de dez pessoas, que trabalham na cozinha. A moça que fica no caixa, anuncia no microfone o pedido de cada cliente, para que a equipe da cozinha o prepare. O mais espantoso é que, mesmo com o número imenso de pedidos e aquela adrenalina no corre-corre, todos são atendidos imediatamente, tudo no mínimo detalhe (tem cliente que pede a salada de um tipo, sem tal legume, e por aí vai, o que só complica). Particularmente, por ser um pouco desatento não passaria dois minutos naquela cozinha.


O segundo fato acontece todos os dias, principalmente, nos barzinhos. Como o meu bairro explodiu o número de bares e restaurantes, me chamou atenção o desempenho dos músicos. Alegramente, com um sorriso de orelha a orelha cantam e tocam o seu repertórios, enquanto o público estão conversando, não dando a mínima para o esforço.

Partindo destes dois fatos, eu me questiono e peço para que cada um também faça o mesmo: Estou atento e ouvindo a voz de Deus, como os funcionários da cozinha daquela lanchonete? ou O ignora, à exemplo dos frequentadores do barzinho ignoram os músicos?

Na parábola dos dois filhos que Jesus narrou (cf. Mt 21, 28-32), somos quais dos filhos? Aquele que inicialmente negou seguir a vontade do pai e depois, voltou atrás ou aquele que prometeu da boca para fora atendê-lo?

Deus nos fala constantemente, seja através da Sua Palavra e de fatos do nosso dia-a-dia. Precisamos fazer como o filho arrenpendido da parábola, mudar o nosso proceder, fazendo a vontade de Deus Pai e estando atento ao que Ele deseja de cada um de nós, da mesma forma que os competentes funcionários da cozinha, estão atentos aquela pequena caixinha de som, onde a colega do caixa, anuncia o pedido de cada cliente.

Rick Pinheiro.
Buscando ficar atento à voz de Deus.

* = Publicado originalmente em 18/12/10.

O CRISTÃO E O ÁLCOOL.*

Mais um final de semana chegando e as festas juninas pipocando por todo país, sobretudo no nordeste. E hoje em dia, onde tiver, obrigatoriamente tem que ter bebida alcoólica, seja numa simples cervejinha, seja nas variedades de drinks ofertados. Uma grande polêmica dentro das igrejas cristãs é se o cristão, seja de qual denominação religiosa, deve ingerir este tipo de bebidas. Este assunto, infelizmente, está longe da unidade, já que dentro da mesma igreja existem os grupos que são a favor e outros do contra. Muitas vezes este assunto não é debatido dentro das igrejas com a profundidade merecida. O que vemos é um relativismo em torno do tema. Enquanto àqueles que são de acordo a bebida se baseiam errôneamente nas passagens evangélicas das Bodas de Caná e da Instituição da Eucaristia, os que pensam contrário limitam-se ao velho discurso vazio que a bebida é coisa do diabo. Mas, afinal, o cristão deve ou não consumir bebida alcoólica?

Particularmente, tenho a seguinte opinião: primeiramente, acho que nenhuma igreja cristã deve estimular o consumo de bebida álcoolica. É inadmíssivel uma festa de Padroeiro, por exemplo, ter patrocínio de fabricantes deste tipo de bebidas e que sejam vendidas na festa. Festas religiosas têm o objetivo de unir as pessoas a Deus e entre elas, e sabemos muito bem que nem todo mundo sabe beber moderadamente. Sem falar que muitas pessoas buscam uma Igreja para pedir a Deus a cura de um ente querido dependente do álcool, e temos que admitir que uma festa religiosa onde a bebida é comercializada até mesmo pelos membros engajados da Igreja, só vai confundi a cabeça daquela pessoa que precisa da graça da cura do ente dependente da bebida.

Por outro lado acredito que numa eventual saída com os amigos, para aqueles que nunca tiveram problema de dependência com o álcool ou qualquer outra droga, e não têm histórico familiar, uma cervejinha, ingerida moderadamente não vai faz mal nenhum. Existem algumas bebidas álcoolicas, como no caso do vinho, que até mesmo é recomendada pela medicina, já que, segundo os especialistas, um taça diariamente, faz bem para o coração.

O problema do álcool que como toda droga, corre o risco de tornar a pessoa dependente. Uma coisa é você sair com os seus amigos, tomar uma cervejinha e parar conscientemente no momento exato, e, se for dirigir, não custa nada passar a chave do carro para àquele que membro da turma que não bebe ou, caso não tenha, pegar um táxi ou dormir no lugar que se encontrar. Outra coisa é tomar todas, se embriagar, e ainda por cima, inventar de dirigir. E tudo isso só piora se a pessoa tornar isso um hábito. Conheço membros atuantes da Igreja, que são servos bons e fiéis do Senhor, mas que nos envergonham e escandalizam, quando vão a uma festa ou show, e se embriagam. Nosso Senhor mesmo nos alerta, que aí de nós se fomos motivos de queda e escandalo para os nossos irmãos. Isso é um absurdo inadmissível, pois o que pregamos e acreditamos, devem vim acompanhados do nosso testemunho vivo autêntico.

Tenho um grande amigo e irmão em Cristo que certo dia, devido a não poder ingerir álcool por causa de uns medicamentos que estava tomando, saiu comigo e outros amigos para curtir os embalos de sábado à noite, mas, estava todo triste e cabisbaixo, porque, segundo ele, "sem beber, não tinha graça!". Uma coisa que nós cristãos precisamos ter em mente: não precisamos de bebida, droga, qualquer outro estimulante deste mundo para nos divertimos. Temos o Espírito Santo em nós, desde do nosso batismo. Acredito sem pestanejar que o cristão sabe entrar e sair dos lugares que frequento, sem deixar de ser o que é. Se vai a uma festa e quer beber, beba. Mas não para se animar, muito menos para se embriagar, mas por livre escolha consciente.

Precisamos sempre ter em mente as palavras de São Paulo: "Tudo posso, mas nem tudo me convém". Como cristão, posso sim, por exemplo, tomar eventualmente uma cervejinha com meus amigos. Mas será que convém a mim, estimular outros irmãos a beberem? Convém a mim me embriagar, sair dos lugares de forma vexatória, causando vergonha e embaraço aos irmãos, machando o nome da Igreja de Cristo, afinal, eu sou membro dela? Convém a mim, como cristão católico batizado, ser irresponsável, a ponto de após encher a cara, pegar o meu carro e sair dirigindo por aí, arriscando a minha vida e  de outros que nada tem a ver com a minha estupidez? Será que eu conheço os meus limites, quando a minha mente e meu corpo suportam o álcool? Estas são algumas pergunta que todo cristão deve se fazer sempre, principalmente, se de fato, vale a pena beber.

Em todos os momentos de nossa vida, devemos refletir profundamente, rezar, pedir discernimento a Deus e, depois de ouvir a voz de Deus. No caso de ingerir ou não bebida alcoólicas, devemos reconhecer  quem de fato somos e das nossas limitações, optar em beber modera e eventualmente, ou se abster em definitivo do álcool, e, acima de tudo, sermos responsáveis.

Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia, bacharel em Direito,  catequista crismal e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo da Arquidiocese de Maceió.

* = Publicado originalmente em 06/01/11.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

COMO É GOSTOSO SERVIR A DEUS.*

Ouso usar uma frase dita por mim mesmo, na primeira reunião que eu participei do Grupo Teatral Apoteose, para intitular esta postagem, onde externo a minha felicidade e gratidão em servir a Deus.

Sabemos que poucas são as pessoas que amam o seu trabalho, principalmente, em virtude de ter um superior hierárquico que impõe suas próprias vontades, não valoriza o trabalho e ainda paga muito mal. Mas servir a Deus, ao contrário de servir aos homens é totalmente oposto.

Inicialmente, amamos o que fazemos. O nosso "Patrão", que na verdade é o nosso Pai, não nos impõe nada. Antes de nascemos, Ele já nos escolhe para servi-Lo e no nosso Batismo, envia o Seu Espírito Santo para habitar em nós e nos contemplar com Seus dons. Mesmo assim, quando recebemos o chamado para servi-Lo, temos a liberdade de aceitar ou não.

Como na vida, nem tudo são flores na missão. Temos contrariedades, decepções, muito estresse. Lidar com ser humano galera é muito difícil. Portanto, não seria diferente na Igreja, povo santo e também pecador. Noss Senhor mesmo nos alertou, temos que carregar a nossa própria cruz e que neste mundo teremos tribulações, mas devemos ter coragem, pois Ele venceu o mundo, logo com Ele somos mais que vencedores. Eu atesto com minha própria curta experiência de 16 anos de caminhada na Igreja: nenhuma tribulação, por mais pesada que seja, nos tira a alegria verdadeira de servir a Deus.

Deus me conhece melhor que a mim mesmo. Sendo assim, sabe muito bem como cativar e recompensar cada um de Seus filhos tão amados, sobretudo, os que dizem "sim" ao Seu chamado. Ele sabe, por exemplo, que eu amo viajar. Então, me concedeu a grande graça de participar de Pastoral da Juventude Arquidiocese, numa Arquidiocese que tem mais de 70 Paróquias, onde metade delas se localizam em 35 cidades do interior. Há exatamente quinze dias estava reunindo a PJ Área Norte, tendo como vista privilegiada a belíssima Ilha da Crôa, em Barra de Santo Antônio. Há exatamente uma semana, neste exato momento estava na pequenina e acolhedora comunidade de Porto da Rua, no Município de São Miguel dos Milagres, contemplando a criatividade de cerca de quarenta jovens, do Grupo Asas da Esperança, que realizaram um belíssima Gincana Bíblica.

Outra coisa interessante, é que Deus é um "Patrão", ou melhor dizendo, um Paizão, que cuida de nós e zela pelo bem estar dos Seus filhos-servos. Como diz um dos provérbios, podemos até planejar, mas quem determina a direção é Deus. Recentemente, após passar por uma fase de aridez espiritual, motivo pelo qual chutei o pau da barraca e ia sair de vez do serviço da Igreja, não somente Deus me resgatou de volta (aqui saliento mais uma vez: Não Me forçando a nada, mas de livre e espontânea vontade), e continua me resgatar de forma supreendente.

Algo que eu tinha me aposentado na missão era justamente evangelizar através da arte do teatro. No entanto, justamente quando voltava a minha Paróquia, perdidão sem saber aonde me encaixar para servir também lá, Deus suscita o coração de alguns ousados e corajosos jovens, que fundam um grupo de teatro. E ao assistir a primeira apresentação deles, me sentir tocado da mesma forma na primeira vez que fui a Missa, há quase 17 anos e vi um grupo jovem fazendo uma apresentação.

O mais interessante é que Deus sabe que precisamos uns dos outros, que nenhum ser humano é uma ilha. Por isso mesmo, que Ele nos concede a graça de servimos aos irmãos, com outros irmãos, que assim como nós, também deram seu "sim" a Deus, servindo-O de todo coração, com os dons específicos que Ele lhe confiou. E como é gostoso servir a Deus em grupo. Os meus dons, junto com os dons do outros torna a evangelização mais dinâmica e eficaz.

Digo com toda sinceridade: A Igreja é uma verdadeira família, que nunca para de crescer. Irmã de sangue tenho uma, irmãos e irmãs em Cristo já desistir de contar pois sempre perco a conta. Filhos eu não tenho nenhum, mas na missão, tenho milhares. E nessa grande família, onde Deus é o Pai de todos, sempre estou aprendendo e ensinando. No grupo que servimos na Igreja de Cristo encontramos um tesouro valiossímo chamado amigos. Amizade é um dádiva de Deus. Imagina então, amizade em Deus.

Pois é galera, poderia passar aqui o dia todo, contando o meu testemunho de vida e dizendo a vocês, o como é gostoso servir a Deus, e convidando-os a fazer o mesmo, de acordo com o chamado e dom que Ele concedeu a cada um de vocês. Mas agora eu tenho que ir, pois tenho que me abastecer, para aumentar ainda mais este amor de servir a Deus. E combustível melhor não tem: a Santa Missa.

Experimente você também e tire suas conclusões se de fato é ou não gostoso servir a Deus.

Rick Pinheiro.
Filho e Servo de Deus com muito orgulho.

* = Publicado originalmente em 06/11/10.

13 DE JUNHO: DIA DOS ENCALHADOS.*

Alguns anos atrás, na minha Paróquia do Divino Espírito Santo, levantei a questão que deveria ter um dia dedicado aos encalhados. Lembro-me como se fosse hoje, quando o nosso então pároco, Côn. Júnior, disse que já tínhamos este dia, que era justamente no dia de Santo Antônio. Desde então, eu auto-proclamei o dia 13 de junho como o dia dos encalhados, e por onde eu vou, eu proclamo que este dia.
Semana passada, diante de tantos comerciais e reportagens sobre o Dia dos Namorados, constatei que o comércio está perdendo uma excelente oportunidade de aumentar o faturamento. Vamos aos fatos que comprovam este meu raciocínio.
Uma boa parte das pessoas estão namorando, noivos ou são casadas. Porém, uma parcela enorme da população está só. Alguns por opção mesmo, outros por falta de opção e outros até por medo, já que o último relacionamento foi traumático. O fato é que existem mais pessoas "desamarradas" do que namorando. Já pensaram se o comércio, ao invés de investir em datas que não vingam como o dia dos Avós (são pais e mães, logo, têm seus dias para o comérico faturar), do amigo, investisse no dia dos encalhados, justamente comemorado apenas um dia depois do dia dos namorados? Tenho certeza que iriam aumentar as vendas, de 5 a 10 vezes mais, dependendo de quanto estariam sem ninguém nesta data. Isso sem falar que isso evitaria os ridículos "namoros de alugueis" (incrível que ainda tem gente que começa a namorar antes do dia dos namorados só para não está só nesta data. É sério mesmo. Espantoso a que ponto o comérico influencia as pessoas.) e o prolongamento de namoros que já não estão mais dando certo, pelo mesmo motivo.
Deixando de lado as resenhas e vamos ao recado sério.
Nós, como Igreja, estamos também deixando de dar atenção à aqueles que não estão namorando. Fazemos muitos encontros dos namorados, bailes dos namorados , etc. e esqueçemos de aproveitar os que não estão namorando para fazer um encontro de formação voltado para eles, preparando-os para viver um namoro santo, conforme a vontade de Deus. Os Movimentos de Encontro tratam superficialmente sobre este tema em seus encontros, mas sinto que falta algo mais aprofundado sobre o tema. Algo que nós devemos pensar seriamente.
Enfim, encalhados, solteiros por opção ou por falta de opção, preparem-se, pois Deus demora, mas quando envia é alguém que não é a pessoa que idealizamos, mas àquela que é certa para nós, com qualidades e defeitos, especiais, imagem e semelhança de Deus, que devemos conquistar, respeitar, fazer feliz (vamos tirar o pensamento mundano que namoramos para sermos felizes. Namoramos para fazer o outro feliz. A (o) namorada (o) é que tem a missão de nos fazer felizes.) e amar todos os dias de nossa vida. Nada desta prática diabólica e desumana do "Fica". Não caiam na cilada do encardido que (des) prega que para conhecemos alguém temos que ir "ficando" . Conhecemos a pessoa na convivência, no namoro que é o verdadeiro "ficar", pois este verbo significa permanecer e na prática do "fica" é beijinho, beijinho, outras coisitas a mais e so long, god bye! Esperemos em Deus!
Enrolados (refiro-me àqueles que não estão "ficando", pois como já disse acima esta prática não é cristã, mas estão se paquerando, com a intenção de conquistar e namorar a pessoa). Paquerem, conversem muito, conheçam-se, vejam quais os valores da pessoa paquerada (aconselho que se não for da mesma religião ou não for engajado, fuja, pois é mais fácil um (a) namorado (a) desviá-la (o) do caminho de Deus do que você trazer), rezem, coloquem-se sempre dispostos à seguir a vontade de Deus.
Namorados, noivos, casados vivam a castidade. Rezem juntos e nunca deixem Deus fora do relacionamento de vocês. Busquem viver sempre a vontade de Deus. São Paulo mesmo nos ensina que o marido e a mulher (incluo também os namorados e noivos, pois estes estão em preparação para o casamento), é a salvação um do outro.
Que todos nós, à espera ou comprometidos com alguém, possamos colocar Deus como centro de nossa vida. Somente assim seremos plenamente feliz no nosso estado de vida.


Se existe até Movimento dos Sem Namorados, por quê não
um dia dedicado a eles? rsss...

Rick Pinheiro.
Sem namorada por opção (ou será por falta de opção?).

* = Publicada originalmente em 14/06/10.

SANTO ANTÔNIO E EU.*

Hoje comemoramos o dia de um dos santos mais populares do Brasil: Santo Antônio de Pádua. Conhecido como Padroeiro dos pobres e também Santo Casamenteiro. Em nossa Arquidiocese, ele é Padroeiro das Paróquias de Bebedouro e Maragogi, como também de várias comunidades da maioria das nossas Paróquias.
A minha ligação com Santo Antônio começou ainda criança, quando estudava no Educandário Maria Goretti, em Jaraguá. Não me sai da cabeça uma página do livro de Estudos Sociais, onde falava das festas juninas. Não sei o porquê dos três santos, eu me identificar e ter um carinho maior por Santo Antônio. Me recordo o quanto este dia era o mais animado para mim. De todas os dias de Festas Juninas que meus pais me levavam ao palhoção para ver as quadrilhas de verdade (e não essas presepadas estilizadas de hoje), que eu soltava "pistolão", "chuvinha" e "estalos bb", o dia que eu mais animava era o de Santo Antônio. Na adolescência, vivia reclamando com os amigos porque justamente o dia de Santo Antônio era o mais desanimado, "morgado". Ficava irritadíssimo, e confeso que hoje ainda fico, quando os palhoções e as festas oficiais da Prefeitura só iniciavam nas vésperas de São João.
Ao me engajar na missão da Igreja, minha devoção por São João e São Pedro vieram a torna, como também anos depois por outros santos como Nossa Senhora de Fátima, Santa Rita de Cássia, São Paulo, Dom Bosco, etc. Mas meu carinho por Santo Antônio só aumentava. E ao conhecer a história de vida dele, como também as lendas e crendicese em torno de Santo Antônio, me tornei mais devorto.
Como me encanta, por exemplo, passagens da vida dele como o conhecimento que ele tinha da Sagrada Escritura. Conhecimento este que, se caso as Escrituras viessem a se perder, ele seria capaz de reescrevê-La palavra por palavra. Conhecimento este que ele não usava para se envaidecer. Muito pelo contrário. Fazia questão de ser o servo de todos. Praticamente este seu conhecimento foi descoberto por acaso, quando na visita de alguns frades a mosteiro onde residia, foi convidado a pregar.
Me admira também a determinação que ele tinha em levar o Evangelho a todos. Tanto que certa vez, rejeitado pelos homens, Antônio pregou para os peixes. A história de como surgiu a fama de Santo Casamenteiro também me chama atenção. Hoje, vários são os testemunhos de milhares de pessoas que receberam esta graça de Deus, por intercessão de Santo Antônio.
Também o episódio que um jumentinho esfomeado por dias, referencia primeiro a Eucaristia, antes de saciar sua fome, provando aos incrédulos à presença de Jesus na Eucaristia é outro fato marcante. Antes mesmo de conhecer os milages Eucarísticos, este foi o primeiro fato que tive conhecimento da presença de Jesus na Eucaristia. Foi Santo Antônio que começou a me apresentar Jesus Eucarístico.
Por todos os seus méritos, Santo Antônio foi canonizado no dia 13 de Maio de 1232, apenas 11 meses após a sua morte. A profundidade dos seus textos teológicos fez que o Papa Pio XII o declarasse Doutor da Igreja.
Hoje, com os meus "abafe o caso" anos, sem namorada no momento (por isso quem me conhece, deve está espantando ao ler este artigo em descobrir que minha devoção não veio após a sucessão de relacionamentos amorosos que não vingaram. rsssss...), continuo devotíssimo e admirador de Santo Antônio, ao qual eu dei um título de "Padroeiro dos encalhados".
Santo Antônio, Rogai por nós junto a Deus Pai!
Rick Pinheiro.
Teologo, professor de Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia, bacharel em Direito, catequista crismal e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo da Arquidiocese de Maceió.

* = Publicada originalmente em 14/06/10.

12/06/10: DIA DE VÁRIAS LIÇÕES DE DEUS PARA MIM.*

Há exatos dois anos, teve reunião da PJ Área Norte, em São Luiz do Quintude. Confeso a vocês que nas últimas semanas que antecederam aquela data tão marcante, passava por um desânimo geral em minha vida, sobretudo com a missão. É aquela fase na fé, que todos nós passamos, onde não ouvimos nem sentimos a resposta de Deus para as nossas orações, e que os santos místicos chamam de Aridez Espiritual. Mesmo tendo a graça de fazer duas coisas que eu amo de coração, evangelizar e viajar, não estava animado para presidir aquela reunião e viajei até mesmo com uma certa má vontade.
Logo na estrada, dentro de uma Van lotadíssima, mas cuidadosamente dirigida pelo motorista que, ao contrário de muitos, dirigia na velocidade limite entre 60 e 80 km/h, recebo a ligação do meu amigo-irmão Abdias (este na foto comigo, tirada em Passo do Camaragibe na segunda-feira do carnaval deste ano), na época, coordenador da PJ Paroquial Nossa Senhora da Conceição, de São Luiz do Quintude, preocupado comigo. Uma acolhida desta, já anima qualquer um.
Chegando na entrada da cidade, uma senhora, que não era idosa (devia ter seus quarenta e poucos anos), começa a discutir com o motorista, por ele ter cortado caminho para entrar na cidade, ao invés de ir pela BR (do jeito que estava lotada, era multa e apreensão do veículo na certa, e todos nós ficaríamos no meio do caminho). O motorista até pediu desculpas, mas ela disse em alto e bom som que não o perdoava por fazê-la andar. Quando ela saiu, todos nós passageiros ficamos indignados com o "barraco" feito por aquela senhora. Todo aquele escandâlo e falta de perdão apenas porque a folgada não queria andar um pouquinho a mais. E uma distância que não mais do que cinco minutos. Uma passageira, com crianças pequenas, disse: "Eu ando um bocado com esses meninos até a estrada. Por quê ela não anda um pouquinho deste? Não tem problema para mim, quanto mais para ela.". Outro passageiro, resumiu o que todos nós queria dizer àquela senhora briguenta e preguiçosa: "Quer que o carro deixe na porta, então, compre um carro!". O fato me fez pensar o quanto somos egoísta.
De fato, somos muito egoístas. Veja o meu caso: desanimado, quase que eu não iria realizar aquela missão que Deus tinha me confiado. Estava tão fechado em mim mesmo e nos meus problemas, que esquecia de olhar para o lado, da mesma forma daquela senhora arengueira, que não compreendeu que o problema do motorista e dos demais passageiros seria bem maior do que o dela, se ele tivesse atendido os seus caprichos e a tivesse deixado na porta da casa. A Polícia Rodoviária parava o carro e todos ali, não chegariam aos seus destinos, ao contrário dela, que já estaria em casa numa boa. Quero deixar claro que não quero justificar o erro do motorista em está com a Van irregularmente lotada, mas ao chegarmos no Centro de S. Luiz, a maioria de nós descermos, o que deixou a Van com sua capacidade de passageiros correta, prosseguindo viagem rumo à Matriz do Camaragibe, Porto Calvo e Maragogi. Pela velocidade respeitada dele e a reclamação com o cobrador que insisitia em colocar mais pessoas, quase a viagem toda, chegando até a barrar a entrada de crianças em Barra de Sto. Antônio, mostrava que ele era prudente e estava preocupado com a segurança de todos.
Esta foi a primeira lição que Deus me ensinou naquele dia: Sair de mim mesmo e olhar para os meus próximos. Problemas todos têm.
Ao chegar na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Abdias já estava me esperando. Disse-me que estava lá apenas o pessoal da Paróquia dele, o que me fez, precocemente, desanimar mais ainda. Passados cinco minutos, chegam os representantes de Porto Calvo, meus irmãos em Cristo e amigos, Neide e Luiz Antônio. Como estavamos esperando o fim da celebração do batismo para nos reunirmos e também a chegada dos jovens de Maragogi que ainda estavam na estrada, tive a oportunidade de bater um papo com Abdias e depois com a Neide. O primeiro relatou sua preocupação com a falta de comprometimento de alguns coordenadores dos grupos jovens da Paróquia, que simplesmente sumiram. Já a Neide, me relatou o momento que ela está passando de aridez espiritual. Cada um com o seu problema e eu com ambos os problemas.
Segunda lição de Deus para mim naquele dia: estamos todos nos mesmo barco e passamos as mesma tempestades. Precisamos uns dos outros nesta caminhada da vida. Como Dom Bosco disse: "Deus nos colocou no mundo para os outros.".
Começa a reunião e mais lições aprendi com os coordenadores jovens das três Paróquias presentes: Deus nos escolheu para servi-Lo, precisamos ter mais intimidade com Deus, amá-Lo sobre todas as coisas, compreender os irmãos, cativá-los, acolhê-los, por isso mesmo, decidirmos que a próxima reunião seria numa Paróquia faltosa.
Após a reunião, fui lanchar com os jovens de Porto Calvo e Maragogi. Trocamos experiências, rimos, nos divertimos, nos preocupamos com a falta de contato de Maragogi com o taxista que os trouxeram, vimos a triste cena da Argentina vencendo. rsssssss...
Voltei tão revigorado e até com uma certa vergonha de mim mesmo. Cheguei a tempo de participar da Missa no Santuário da Virgem dos Pobres, em Mangabeiras. E tome mais lições de Deus para mim. As leituras daquele fim de semana falavam de arrenpedimento dos pecados e perdão de Deus. Últimas lições perfeitas para um dia onde Deus abriu os meus olhos que, mesmo eu estando em Aridez Espiritual, afastado-me Dele e da missão que me confiou, Ele jamais se afasta de mim.
Rick Pinheiro.
Teologo, professor de Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia, bacharel em Direito, catequista crismal e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo da Arquidiocese de Maceió.

* = Publicado originalmente em 14/06/10.

FALTA DE UNIDADE DOS CRISTÃOS: UMA GRAVE OFENSA A DEUS E AO SEU PLANO DE AMOR.*

Na noite da última quarta-feira, saindo do trabalho ansioso para chegar em casa e assistir ao jogo do Mengão, peguei o ônibus, junto com uma linda jovem, que estava no mesmo ponto que o meu. Ainda no ponto a vi com a Bíblia na mão e dizendo para uma moça que pensa em ser missionária.

No ônibus, resolvi puxar papo com ela, que aliás, à princípio acolheu muito bem. Mas o clima amistoso não durou mais do que quinze segundos já que ela, membro da Igreja Quadrangular, no ápice da sua ignorância, mas sem perder o sorriso e o jeito gentil e amigável, começou a atacar violentamente a minha Igreja Católica, com as saturadas acusações típicas dos pseudo-evangélicos, do tipo "Vocês adoram imagens", "Os católicos adoram vários deuses, ao invés de adorar o Único Deus e verdadeiro" e "Maria não é a Mãe de Deus!". Evidente que, já acostumado a lidar com esses fariseus dos nossos dias, respondi também educamente e gentil, a todas essas acusações, desta jovem ignorante que mostrava que, apesar de linda fisicamente, por dentro é podre de rancor e ódio pela Igreja Católica. E o pior: sem nenhum motivo aparente. Como bom soldado de Cristo que sou, defensor ferrenho da sua Igreja, também fiz os meus ataques surtis aos erros cometidos por esses fariseus que se auto-denominam "evangélicos", argumentos estes que obrigaram esta jovem à concordar comigo.

Graças a Deus, o papo foi curto, já que em vários pontos, o ônibus não parou por não ter passageiros à sua espera. Antes de terminamos a conversa, a pseudo-evangélica afirmou que o mundo só será melhor se nós adoramos o Único Deus Vivo e Verdadeiro, e eu discordei afirmando: "Mas a maioria das religiões, ao seu modo, já fazem isso. A verdade é o que o mundo só será melhor se deixarmos de lado as nossas diferenças e amarmos ao próximo como Deus nos ordenou".

A conversa encerrou-se quando, ao chegar na minha parada, a ignorante bontinha afirmar que não abandonaria a fé dela e eu respondi que eu muito menos, e explicando que minha intenção não era fazê-la mudar de fé, mas apenas tentar um diálogo com ela. Acho que ela pensou que minha intenção era rouba-lhe a fé, pois já ser uma prática corriqueira dela, como destes hipócritas que se auto-denominam cristãos, puxar papo com alguém com intenção de (des)convertê-lo a sua igreja.

Deixo claro que comento este fato que aconteceu comigo, não para atacar a Igreja Quadrangular ou outra denominação, já que respeito a fé alheia, sem falar que tenho amigos nesta e em outras denominações, cristã e não-cristã. Mas se posto estes comentários é só para refletir uma triste realidade: enquanto houver pastores medíocres, safados e manipuladores, que ousam em pegar a Palavra de Deus, distocê-La e ensinar ao seu rebanho as suas doutrinas de ódio e rancor contra a Única Igreja fundada por Jesus Cristo, fato este autênticado pela história, já que por cerca de um milênio, antes do primeiro cisma, o do Oriente, Cristianismo e Catolicismo Apóstolico Romano eram sinônimos, e também contra outras crenças, a Unidade dos Cristãos não ocorrerá, atrasando consideravelmente os planos de Deus de unir ao Seu redor, todos os Seus filhos.

Falar mal dos outros e dizer acreditar em Deus é fácil. Até os demônios fazem isso. E quem age desta forma, e levar aos outros a também agirem, estão sob autoridade deles, já que são pessoas diabólicas e não de Deus, como ousam se auto-denominarem. Hipócritas! Vão tirar a trave dos seus olhos, avaliar suas vidas, se de fato são evangélicos, ou seja, pessoas que buscam viver plenamente o que Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus Uno e Trino, nos pede, para depois, estando mesmo com a Verdade, tenter converter outras pessoas à Ela, principalmente, através do modo mais eficaz: o seu testemunho autêntico.

Não atraimos as pessoas para Deus ofendendo a fé dos outros, mas seguindo os passos de Jesus, ou seja, com amor. Em nenhuma passagem dos quatros Evangelhos, aliás, de toda Bíblia, vemos a Santíssima Trindade forçando alguém a segui-La e viver conforme a Sua vontade, mas sempre com um convite amoroso, cativante, de um Pai Amoroso para os Seus filhos. Este grave erro de nos achamos os donos da Verdade, de querer impor através de argumentos sem fundamentos, cometido por protestantes, católicos e não-cristãos, além de ofender aos irmãos, fere gravemente o coração de Deus e atrasa à execução do Seu Plano de Amor.

"Aprendemos a nadar como os peixes e a voar como os pássaros, mas ainda não aprendemos a viver como irmãos!", disse sabiamente o pastor Martin Luther King. Enquanto não aprendemos esta verdade, não estaremos sendo verdadeiramente cristãos, e enquanto estivermos nessa briguinha patética e imbecil por diferenças doutrinárias, estaremos perdendo muitos irmãos para Cristo, como o caso do líder hindu Mahatma Gandhi, que sendo abordado por missionários cristãos, afirmou que se os cristãos vivessem o que o Jesus pregou, ele seria o primeiro a ser converter ao Cristianismo. O próprio Jesus, nos alerta: "Aí daqueles que fizerem um destes pequeninos, se perderem!".

A minha Igreja Católica Apostólica Romana, Única fundada pelo nosso Senhor Jesus Cristo, e alguns irmãos de outras denominações, cristãs e não-cristãs, estamos fazendo a nossa parte pela Unidade dos Cristãos. Se outros não estão, paciência. Rezamos por eles e pela sua verdadeira conversão ao Evangelho, e não às doutrinas falhas dos homens.

Portanto, que cada um faça uma auto-avaliação e busque viver verdadeiramente como evangélicos, sendo Sal da Terra e Luz do Mundo, como Jesus nos pede no Evangelho de hoje (cf. Mt 5, 13-16).

Rick Pinheiro.
Lutando e rezando pela Unidade dos Cristãos.

* = Publicado originalmente em 06/02/11.

NOSSA FÉ DIANTE DAS TEMPESTADES DA VIDA.*

O Evangelho de Marcos 4, 35-41 narra para nós uma experiência ímpar que os discípulos tiveram com Jesus, quando em alto mar, diante de um fortíssima tempestade, eles se desesperaram e recorreram ao Único naquela barca, capaz de salvá-los daquela situação de risco de morte. Confeso que sempre achei engraçado o fato de Jesus está dormindo no meio daquela situação caótica.

O interessante é que este fato da vida de Jesus e dos discípulos, também acontece conosco. Só que não estamos na barca de São Pedro, mas em nossa própria barca, a qual chamamos de Vida. Se analisamos bem o fato narrado no Evangelho, constatamos que os discípulos não tinham motivos nenhum para se desesperarem, mesmo diante da morte, pois eles tinham a bordo da barca ninguém menos que o próprio Deus, que se fez homem, para habitar e salvar a todos os Seus amados filhos.

O pior é que nem podemos criticá-los, pois também somos iguais a eles. Diante das tempestades da vida, que com certeza, são bem menos violentas do que aquela que os discípulos enfrentaram em alto mar, nos desesperamos, abandonamos a nossa fé, nos revoltamos contra Deus achando que Ele encontra-se dormindo para nós. Neste desespero, procuramos auxílio em homens e mulheres falhos como todos nós e, na pior das hipóteses, recorremos ao espiritismo, feitiçaria, a seitas que prometem um deus mágico e self service aos nossos pedidos.

Na massacrante maioria das vezes, nos deixamos levar pelas tribulações da vida, de tal maneira, que esqueçemos o principal: que Deus a bordo do nosso barco. Assim como naquela barca, quando Ele dorme em, alguma tempestade que atravessamos, não é porque nos ignora, mas por confiar fielmente que somos capazes de superar sozinhos a tal adversidade, e quando estivermos fracos, deseja ardentemente que recorrarmos a Ele imediatamente, com toda fé em nosso coração.

"Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?" (Mc 4, 40b), é o questionamento que Jesus nos faz todos os dias, principalmente, quando estamos sem fé, tristes, abatidos, nos deixando vencer pelos problemas. Na primeira leitura de hoje (cf. Hebreus 11, 1-2. 8-19) São Paulo nos ensina que "A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê" (Hb 11, 1), nos dando vários exemplos de homens e mulheres de fé. Portanto, busquemos sempre mais e mais aumenta a nossa fé, entregando confiantemente a Deus, o comando da barca da nossa vida.

Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso,  Filosofia e Sociologia, bacharel em Direito, catequista crismal e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo da Arquidiocese de Maceió.

* = Publicado orignalmente em 29/01/11.

terça-feira, 12 de junho de 2012

UM LINDA CANÇÃO DE AMOR. OUÇA E MEDITE!

DICA DE LIVRO: NAMORO - PROF. FELIPE AQUINO.

Uma boa indicação de livro para entender melhor como é o namoro de acordo com a vontade de Deus é Namoro, escrito pelo professor Felipe Aquino e lançado pela editora Cleofás. De forma clara e objetiva, o autor faz uma belíssima e inspiradíssima reflexão sobre o tema, mostrando as vantagens  de trazemos, desde do começo, Deus para o nosso namoro, que é coisa séria, afinal, o sacramento do matrimônio, que é dado apenas uma única vez, é um namoro que deu certo e deve sempre dar certo. Não é a toa que já perdi as contas de quantas cópias deste excelente livro eu comprei e fiz circular por aí. Imperdível mesmo! Não deixe de ler e reler, de preferência, junto com a pessoa amada.

Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia, bacharel em Direito, catequista crismal e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo da Arquidiocese de Maceió.

AS TRÁGICAS CONSEQUÊNCIAS DE NÃO VIVER UM NAMORO EM DEUS.*

Ao sair do Seminário Provincial de Maceió, onde participei de uma reunião de organização da Vigília pelas Vocações, encontrei um grande amigo meu e irmão em Cristo, vindo de um compromisso de trabalho. Ele me ofereceu uma carona e aproveitamos para colocar os assuntos em dia. O assunto que dominou a nossa convesa foi sobre uma audiência na justiça, onde ele e sua ex-namorada.

Eles se conheceram num grupo numa determinada Paróquia da nossa Arquidiocese, onde eram membros atuantes e viviam fielmente a vontade de Deus. Ficaram amigos. Ela se apaixonou por ele e lutou incansavelmente até conseguir uma chance com ele. Percebendo, porém, que ele não nutria o mesmo sentimento por ela e a qualquer momento poderia terminar o que, na minha opinião, não deveria nem ter começado, o seduziu e acabaram tendo relações sexuais. Mesmo assim, o namoro não vingou, e semanas após o término do mesmo, descobriu está grávida. Meu amigo, um homem de verdade, disse para ela que assumiria a criança, e num ato nobre, e raro nos homens de hoje em dia, disse com toda sinceridade para ela: "Eu e você, como pai desta criança, sempre terá, mas eu e você, como homem e mulher, apenas na amizade!". Inconformada, hoje está fazendo um inferno na vida deste meu amigo, fazendo de tudo para ele não exercer o seu papel de pai, nem sequer deixando-o ver a criança. Alguns meses atrás, ele desabafou tudo isso comigo e eu o aconselhei que acionasse na justiça. Me contando sobre a audiência de conciliação, disse que por pouco ela não foi presa por desacato ao magistrado, pois não aceitou ser repreendida pelo mesmo, quando lhe disse que ela não podia impedi-lo de ser pai.

O caso do meu amigo é apenas um exemplo de milhares das consequências de um namoro fora dos planos de Deus. O sexo é algo tão belíssimo, um ato de amor que Deus criou, para selar um amor de duas pessoas, portanto, o momento certo para vivê-lo é no matrimônio. Infelizmente, mesmo diante de exemplos vivos das consequências trágicas do sexo fora do casamento (outro exemplo: crimes violentos como os recentes casos do goleiro Bruno e da advogada Mércia assassinada pelo ex-namorado o também advogado Ismael), ainda não seguimos a vontade de Deus. Em nome de um "moderno" pensamento de falsa liberdade acabamos destruindo não somente a nossa vida, mas também a vida de outras pessoas que amamos. Uma liberdade que nos acorrenta a dor e ao sofrimento.

O plano de Deus para nós é um plano de amor. Se nós que somos humanos, não damos algo ruim para os nossos filhos, imagina Deus Pai Amor. Ao determinar que o sexo deve ser realizado no casamento, por mais que não queiramos aceitar, Ele sabe muito bem o que estava fazendo, por isso mesmo, por mais que o mundo pressionde e pregue ao contrário, a Igreja jamais mudará sua posição na defesa do sexo apenas no relacionamento conjugal.

O namoro é uma fase de conhecimento um do outro, fazendo-os crescer mutuamente. E como é rico conhecer o outro, a pessoa do outro. E o nosso conhecimento completo um do outro será justamente o do corpo do outro, na consumação do casamento.

Particularmente, tive poucos namoros, mas vivi os dois lados.Tive apenas dois namoros onde vivemos a castidade e alguns outros, que vivemos a mentalidade liberal do mundo. O mais durador foi justamente o namoro casto. E não me arrependo. E não tínhamos desejo um pelo outro? Claro que sim. Mas quando vínhamos que as coisas iriam sair do controle, era a hora de cada um ir para sua casa, para abaixar o fogo. Acreditem meus irmãos, conseguirmos. E todos conseguem, afinal, somos seres humanos, imagem e semelhança de Deus, racionais e que dominam os seus desejos.

Hoje, quero viver meu último namoro santo, que me faça crescer como homem e eu a faça crescer como mulher, que nos prepare para sermos marido e mulher, e pais de família responsáveis, onde somente a morte possa nos separar. Atualmente amo demais uma pessoa. Pena que o amor que ela sente por mim é filos. Sinto desejo por ela? Lógico. Desejo de beijá-la, de segurar suas mãos, de abraçá-la, de lhe fazer um cafuné, de conversamos os nossos sentimentos mais íntimos, abrindo o coração um para o outro, enfim, crescemos juntos como pessoas. Sairmos ontem, como amigos, e confeso a vocês, foi muito gostoso, conversar com ela, rimos juntos, melhor que qualquer experiência sexual que eu já tive, onde o momento de prazer terminou após o ato, ao contrário do simples ato de caminhar na praia, vistiar um amigo comum e comer uma tapioca, tudo isso ao lado da pessoa amada, mesmo sendo apenas como amigos, que ficará para sempre em minha memória, me deixando ansioso para a próxima vez que nos vemos. Evidente que o desejo, acima citado, permaneceu. Mas não dói e machuca tanto, como muitos namoros vividos fora do plano de Deus.

"Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a devasidão, a impureza, as paixões, os maus desejos..." (Cl 3, 5). Este é o apelo que Deus nos faz, através de São Paulo. Portanto, este deve ser o nosso proceder. Pode ser careta, quadrado, careta, fora de moda aos olhos do mundo. Mas para nós, cristãos católicos estará sempre atual e em moda, afinal, a Palavra de Deus nunca passará pois dura para sempre.

Rick Pinheiro.
Buscando viver a sexualidade conforme a vontade de Deus.


* = Publicado originalmente em 01/08/10.