Reflexão.
Pentecostes, a festa da Unidade.
Amanhã, celebramos em nossa Igreja, a festa de Pentecostes, onde comemoramos a oficialização da nossa Igreja, quando após a Sua ascensão, Jesus enviou o Seu Espírito Santo sobre os primeiros membros da Igreja.
No Pentecostes, assim como as principais festas cristãs celebramos em unidade, mas, no caso desta festa em especial, também celebramos a Unidade dos Cristãos. Por isso que, a maioria das dioceses realiza um grande encontro, reunindo todas as Paróquias, com os membros das pastorais, movimentos e serviços que atuam nas mesmas.
Até pouco tempo, em nossa Arquidiocese, a organização do encontro de Pentecostes era da RCC, que com todo amor e empenho, promoveu encontros memoráveis. Evidente que, como cabia a organização apenas um movimento, o evento tinha a cara e o jeito do movimento, o que acabou gerando, com o passar dos anos, outros eventos menores no dia de Pentecostes, cada um com a cara das Paróquias ou pastorais e movimentos que promoviam.
Com a chegada de D. Antônio Muniz, inspirado pelo Espírito Santo, o nosso arcebispo trouxe a nossa Arquidiocese o verdadeiro sentido da festa, envolvendo na organização e realização do encontro de Pentecostes, todo clero e todos os organismos leigos, através do Conselho de Leigos. A soma da importante experiência da RCC com as novas ideias das outras pastorais, movimentos e serviços, faz a cada ano, o encontro de Pentecostes cada vez mais com o rosto da Igreja que se encontra na Arquidiocese de Maceió.
Apesar dos vários avanços, infelizmente, a falta de Unidade dentro da própria Igreja ainda é uma imensa barreira a ser superada. Ainda é comum encontrarmos alguns poucos membros da RCC, saudosistas dos encontros de Pentecostes de outrora. Por outro lado, também encontramos meia-dúzia de paroquianos e membros de pastorais, movimentos e serviços, lamentando-se pelo fim dos encontros de Pentecostes de suas Paróquias e dos seus grupinhos isolados.
Também velhas são as mesmas desculpas alegadas pelos grupos, que impedem a participação no maior evento da Unidade da nossa Arquidiocese de Maceió: reclamações que o encontro é realizado geralmente, num bairro próximo ao Centro de Maceió, o que dificulta o acesso das Paróquias dos bairros afastados e das cidades do interior, a opção por participar de outros eventos, com datas próximas, entre outros. Não quero aqui desmerecer nenhuma destas afirmações. Muito pelo contrário, na missão da PJ Arquidiocesana pelas Paróquias da nossa Arquidiocese, de fato, encontramos estas dificuldades, principalmente, nas Paróquias do interior, onde em sua maioria, dependem da boa vontade do prefeito em fornecer o transporte. O que quero questionar é que, será que os grupos paroquiais estão se esforçando para ao menos tentar vim ao Encontro de Pentecostes?
Particularmente, até pouquíssimo tempo eu era um defensor fervoroso da descentralização do Encontro de Pentecostes. Minha opinião é que cada Área Pastoral deveria fazer o seu evento. Mas, ao refletir a importância da festa, mudei totalmente de opinião. A Festa da Unidade deve ser realizada, em nosso caso específico, na área central de Maceió. No Pentecostes, Nossa Senhora e os discípulos estavam reunidos em Jerusalém e todos os cristãos foram ao encontro deles lá. Enfrentaram o desconforto da viagem que ia do calor insuportável do deserto até as longas caminhadas, já que na época, não tinha carro, ônibus ou van.
Ser cristão exige sacrifícios. Portanto, é necessário empenho e força de vontade de cada um de nós para superarmos o pensamento que o Espírito Santo só age em nosso grupinho, as dificuldades decorrentes da distância somada à falta de transportes, para celebramos juntos a grande festa do Espírito Santo de Deus.
Rick Pinheiro.
Buscando sempre celebrar e vivenciar a Unidade.
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