Reflexão.
Até quando, Senhor?
As primeiras notícias que recebemos no dia, sejam boas ou ruins, na maioria das vezes, determinam como será o resto do dia. Hoje, duas notícias, infelizmente péssimas, me deixou o dia todo desanimado.
No começo da manhã, quando tomava café para ir a faculdade, liguei a TV para conferir o telejornal. A primeira notícia foi impactante e me abalou bastante. Impossível não ficar sensibilizado com o triste desfecho do desaparecimento da estudante Giovanna Andrade. Universitária, da mesma faculdade que frequento, curso e prédios diferentes é claro, mas uma jovem não tão diferentes das minhas colegas de sala de aula. Uma jovem linda, cheia de vida e planos interrompidos por um assassinato brutal.
A cada jovem que encontrava no ônibus, nas ruas, nos corredores da faculdade, na sala de aula, sempre me vinha a mente a imagem da jovem Giovanna, que conheci apenas por foto, que chegaou no meu e-mail e nos meus perfis nas redes sociais, por várias vezes. Não vem ao caso os motivos do crime, muito menos que o fato só ganhou repercussão por a vítima ser de classe média e universitária. Nada justifica tirar a vida de uma pessoa, principalmente, de forma tão brutal e animalesca, algo que somente alguém tão longe de Deus, poderia executar.
Como se a notícia do trágico assassinato da jovem Giovanna não fosse notícia péssima suficiente para me desanimar o restante do dia, é noticiado, no mesmo telejornal, que a pacata cidade do Pilar, que conheci pela primeira vez ainda no começo da minha caminhada, na tradicional e belíssima procissão de Nossa Senhora do Pilar, é a quinta cidade mais violenta do Brasil. Violência essa motivada pelo tráfico de drogas, a mesma destruidora que riquinhos pseudo-intelectuais e políticos como o ex-presidene FHC, querem legalizar.
Incrível como a afirmação "aprendemos a nadar como os peixes, a voar como os pássaros, mas ainda não aprendemos a viver como irmãos", dita pelo pastor norte-americano Martin Luther King, nos meados do século passado, ainda é atual. À proporção que avançamos na ciência e tecnologia, regredimos como seres humanos. Boa parte da humanidade, se afastou de Deus, e como consequência, tornou-se uma sociedade pré-histórica em pleno século XXI, onde ao invés do diálogo, resolve-se todos os problemas, sejam pequenos, sejam grandes, com violência, eliminando uns aos outros. Cada vez mais, o ser humano torna-se monstro, contrário a sua verdadeira face, de imagem e semelhança de Deus.
Até quando jovens como Giovanna terão suas vidas interrompidas drasticamente? Até quando perderemos os nossos jovens para as drogas, para o tráfico? Até quando o ser humano, teimosamente, viverá por conta própria, como se Deus não existisse, ignorando-O, Sua Igreja e Sua Palavra? Até quando, familiares , amigos e até desconhecidos, mas com sentimento de compaixão pelo próximo, chorarão por vidas interrompidas por atos violentos? Até quando, vamos suportar tanta violência? Até quando, Senhor? Até quando, Senhor?
Ao final deste desabafo em forma de postagem quero me solidarizar aos familiares, amigos, irmãos do movimento Segue-Me da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, pela dor da perda precoce de nossa irmãzinha Geovana. Que Deus conforte a todos, neste momento tão difícil.
Me solidarizo também a todos os familiares, que estão com ente querido mergulhado nas treveas do tráfico e das drogas. Que Deus, possa no meio deste caos, brilhar e tirar da escuridão cada um desses nossos irmãos.
Que neste tempos de trevas, Deus possa ser a nossa Luz, despertando em nós, nossa verdadeira essência de imagem e semelhança dEle.
Rick Pinheiro.
Entristecido pela desumanização do ser humano.
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