Reflexão.
Grupo jovem: Espaço de Formação.
"Todas as religiões são incompletas e sempre serão assim, já que uma completa a outra! O espiritismo completa a Igreja Católica!"
A pérola absurda foi dita a oito dias atrás por um jovem, com anos de caminhada num determinado movimento juvenil. E o pior que o jovem, falou com tanta convicção e domínio do assunto que conveceria deste absurdo até mesmo o nosso Papa Bento XVI, quanto mais aqueles outros jovens, a maioria iniciando sua caminhada na Igreja. Absurdos como este e outros que chegam a ser piores são ditos todos os dias, todas as horas, por membros da Igreja, em especial jovens, por total ignorância da Palavra de Deus e o que a Igreja prega.
Uma das maiores preocupação, tanto nossa como equipe arquidiocesana da Pastoral da Juventude quanto dos bispos, clero e leigos, jovens e adultos que estão engajados na evangelização da juventude é justamente com a falta de formação nos grupos, movimentos, serviços juvenis.
Muitos movimentos de encontro, porta de entrada da maioria dos jovens, estão tão ocupados com a organização e realização do próximo encontro e dos eventuais pós-encontros que acabam não oferecendo aos seus jovens, uma formação mais sólida. Esta mesma realidade encontramos na maioria dos grupos, coros, ministérios de música e de teatro, afinal, precisam ensaiar e não há espaço para algo “extra”, como a leitura da Palavra ou para debater a posição da Igreja sobre um tema da realidade. Os grupos jovens não ficam atrás. Às vezes, perde-se muito tempo numa reunião chata e cansativa, na maioria das vezes improvisada de forma irresponsável pela coordenação do grupo, ao invés de formar o seu membro.
O resultado não poderia ser mais drástico: muitos jovens engajados, que sequer sabem os cinco mandamentos da Igreja, quanto mais à posição da Igreja com temas polêmicos como pluralidade religiosa, sexo antes do casamento, aborto, homossexualidade, etc. Infelizmente, é comum ouvir jovens engajados falando abobrinhas absurdas e até mesmo heresias.
Pensa errado quem acha que o jovem engaja-se na Igreja apenas por “oba-oba”. A princípio pode até ser, mas, logo que experimenta a alegria de servir a Deus, o jovem quer conhecer e saber mais e muito mais sobre Deus. A formação é um processo contínuo na nossa vida. Só deixamos de aprender, quando partimos desta para uma melhor. E mesmo assim, particularmente, acredito que quando estivermos na plenitude, vamos ter as últimas lições.
Planejar e organizar o próximo encontro e os pós-encontros, ensaiar com empenho para a próxima apresentação é importante? Com certeza, afinal, as coisas de Deus precisam ser organizadas e executadas com capricho, como Ele merece. Mas, a formação é tão, e até mais, importante que o planejamento, a organização e os ensaios. Quando o grupo preocupa-se apenas com estes itens, o resultado são membros ignorantes do básico de sua fé, e, consequentemente vazios do amor de Deus (afinal, só amamos a quem conhecemos), que, na primeira dificuldade, irão buscar em outras religiões ou até mesmo nos males que o mundo oferece o preenchimento deste vazio e as respostas de todos os seus questionamentos.
Evidente que nada adiantaria discutirmos as causas e não apontamos soluções. Por isso, faço algumas sugestões:
Primeiramente aos dirigentes dos movimentos de encontro. Como sabemos, estes são porta de entrada de muitos jovens na Igreja. Por isso, não se limitem apenas aos pós-encontros. Busquem fazer reuniões semanais dos pequenos grupos (círculos), apresentem e incentivem os seus membros a participarem de outros grupos existentes na igreja. Nos casos das Paróquias, onde apenas o movimento é a única opção juvenil, formem com seus membros outros grupos. Sou testemunha dos maravilhosos frutos gerados dos movimentos.
Aos acólitos e ancilas, coros, grupos e ministérios de música, teatro e dança, reservem pelo menos meia-hora de suas reuniões e ensaios para a oração e formação. Com certeza que o serviço e a apresentações serão bem mais alegres e caprichados. Afinal, só podemos passar o que temos.
Por fim, a minha sugestão é para os coordenadores dos grupos de jovens. Em época em que o acesso às informações é ilimitado, chega até ser uma estupidez não inovar e caprichar nas reuniões semanais do grupo. Portanto, tenham zelo pela missão que Deus lhes confiou. Peça inspiração do Espírito Santo, deixe-se conduzir por Ele e, planeje com cuidado e responsabilidade cada reunião do seu grupo.
Que o Espírito Santo ilumine a cada reunião, onde dois ou mais jovens, estiverem reunidos em Seu nome. Que os nossos grupos sejam espaços para a formação e o crescimento integral de nossa juventude.
Rick Pinheiro.
Preocupado com a falta de formação dos jovens católicos.
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