terça-feira, 26 de abril de 2011

"CASAMENTO" REALMENTE PREOCUPANTE.

Reflexão.
"Casamento" realmente preocupante.

Nos últimos meses, a imprensa do mundo inteiro vem fazendo uma cobertura exagerada do casamento do príncipe da Inglaterra. No Brasil, como sempre ocorre, o exagero é triplicado e multiplicado por cem. Irônicamente, a mesma imprensa que passa o ano todinho propagando a falsa ideia que o casamento é uma instituição falida. Nada contra o papel da imprensa de informar e cobrir os fatos, muito menos contra os pombinhos reais britânicos, pois, para mim tanto faz, como tanto fez, até porque mesmo se fosse britânico, só estaria preocupado se fosse parente de um dos noivos.

O que me deixa indignado, como brasileiro e, sobretudo, cristão, é que enquanto a mídia brasileira abre um espaço exagerado e desnecessário ao casamento dos pombinhos ingleses, outros fatos, realmente preocupantes, não são debatidos e são deixados de lado, como, por exemplo, a preocupante estatística do número exagerado de adolescentes que se casam, ou melhor dizendo, que vivem em união estável.

Trabalho em três escolas localizadas  no litoral norte de Maceió. Em todas, me deparo com esta preocupante e triste realidade. É assustador o número de adolescentes entre 13 e 16 anos, que mal começam a namorar e estão indo morar com os seus parceiros, que, sendo também adolescentes, permanecem nas casas dos pais. Mais assustador é a rapidez e praticidade como ocorre esta prática tão rotineira. Na massacrante maioria dos casos, simplesmente, se conhecem, "ficam" uma ou duas vezes, e depois, vão morar juntos, pulando todas as etapas do namoro, compromisso e noivado. Fazem e falam isso com a maior naturalidade e com um certo orgulho. Conversando com uma das minhas alunas, que tem apenas 14 anos de idade, na maior naturalidade ela me disse que estava morando com o seu "princípe" (que tem 16 anos), a um mês, tempo exato do início do namoro. Adolescentes que deveriam está preocupados em estudar, prepararem-se para o futuro profissional e curtir esta belíssima fase da vida que é a adolescência, já estão encarando, como se fosse uma grande festa, a dificil realidade adulta da vida à dois.

Até pouco tempo, quando um casal de adolescentes iam morar juntos ou casavam, era porque tinham "avançado o sinal" no namoro e, consequentemente, gerado um filho. Hoje, sequer estão namorando, e boa parte destas uniões, iniciam e terminam, sem gerar uma criança. Isso acontece, em parte, graças a campanha irresponsável governamental do "Faça sexo com camisinha!". Se os nossos governantes tivessem ouvido e atendidos os constantes apelos da Igreja, e fizessem uma campanha voltada para os valores cristãos, neste caso, em especial, a castidade, os números de "namoridos" e "namoesposas" seriam significativamente menores. Mas, o que esperar de um classe política, que se perpetua no Governo, que  distribui camisinhas nas escolas as nossas crianças e adolescentes e fazer uma imensa pressão para excluir o Ensino Religioso?

Como educador, e sobretudo, missionário cristão, faço a minha parte e tento conscientizar as crianças e adolescentes que tenho contato. Mas, é uma luta desleal, Davi e Golias do nossos dias, já que a  nossa mídia propaga a vida à dois entre adolescentes e jovens como uma grande festa. Na ficção, é comum vemos jovens, se conhecendo e indo morar juntos, tão rápidos quanto um intervalo comercial. Nos noticiários, o casamento real britânico é anunciado como um verdadeiro contos de fadas, passando a falsa imagem do "..e foram felizes, para sempre!". Apresentadores e repórteres reforçam esta ilusão, ao encherem a boca e dizer "O princípe Williams e a plebeia Kate" e que "os dois já moraram juntos", mas, dizem com menor intensidade e até omitem, que o casalzinho já namora algum tempo, que tiveram suas crises, inclusive, com termino e volta do relacionamento, e que plebeia é simplesmente alguém que não nasceu numa família nobre, e não uma moça pobre da periferia, adjetivos que, aliás, não se aplicam a Kate, já que a mesma é filha de empresários bem sucedidos.

Não podemos deixar que a mídia eduquem as nossas crianças e adolescentes. O diálogo aberto e sincero com eles, ainda é o meio mais eficaz de conscientização das verdades da vida e do Evangelho, demonstrando que se completam. Nada como um boa conversa para orientar os que estão despertando para as responsabilidades e belezas da vida.

Pais, educadores, líderes e membros da Igreja Católica e outras denominações religiosas, entre outras pessoas de bom senso e boa vontade, precisamos educar e conscientizar os nossos filhos, sobretudo, sobre os valores evangélicos. Não foi a toa que Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o belíssimo sacramento do Matrimônio e deixou expressamente claro o que deveria ser vivido dentro e fora da união à dois.

Tudo tem seu tempo, diz o autor sagrado no Livro do Eclesiastes. Peçamos a Deus que nos dê força para conscientizamos as nossas crianças e adolescentes desta realidade, e que elas possam viver plenamente toda a beleza da vida, típica da sua idade, dando um passo de cada vez.

Rick Pinheiro.
Preocupado realmente com a precoce união à dois dos nossos adolescentes.

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