Falando em Semana Santa, Tríduo Pascal, sacrifício salvífico de Nosso Senhor Jesus Cristo, como não lembrar do filme
A Paixão de Cristo? Dirigido por Mel Gibson, o filme traz um retrato fiel do sacrifício de Nosso Senhor, dando Sua última gota de sangue para nos salvar. Um filme que obrigatoriamente a humanidade precisa assistir e refletir, já que anda tão distante de Deus, não O leva à sério e até banaliza o Seu sacrifício de torna-se homem, habitar entre nós, morrer na cruz para nos salvar e vencer a morte com Sua ressurreição. Aproveitando, trago nesta postagem duas partilhas sobre minha experiência pessoal que eu tive com o filme, ambas que eu já tinha feitas anteriormente em outro espaço virtual e em pregações, que valem a pena ser refletida.
Minha primeira sessão de A Paixão de Cristo.
"A primeira vez, a gente nunca esquece!". Se existe um ditado popular perfeito, que demonstre a minha relação com o filme A Paixão de Cristo, é este. Apesar de já ter assistido inúmeras vezes esta obra prima dirigida brilhantemente por Mel Gibson e, comprovadamente, inspirada por Deus, a primeira vez continua sendo inesquecível. Era tarde de 25 de fevereiro de 2004, data da estreia nos cinemas. Na primeira sessão do Cine Iguatemi 2 (hoje Cine Maceió), estava eu e minha namorada na época, Priscila, hoje uma noviça carmelita, para assistirmos a polêmica obra de Mel Gibson. Ao entrarmos no cinema, uma agradável supresa. Próximo a nós, o meu brilhante professor , no curso de Teologia do CESMAC, e ouso dizer, amigo, Cônego Henrique Soares.
As luzes se apagam, começa a exibição de alguns trailers que não lembro de quais filmes eram, já que a minha ansiedade em ver as últimas 12 horas de Nosso Senhor Jesus Cristo, do ponto de vista do astro hollywoodiano Mel Gibson era maior, já que Gibson, além de um excelente ator, já tinha mostrado que era um excelente diretor, no excepcional e premiado Coração Valente. Se ele nos presenteou com uma obra-prima, a sua versão para a história de um herói escocês, imagina o que ele faria num filme que relata o momento fundamental da vida do Senhor da sua fé.
Finalmente, a espera acabou. Começa o filme. Logo de início, a citação do profeta Isaías, já nos preparava para o iriamos assistir. A música da excepcional trilha entra. A belíssima lua cheia, mas num clima meio nublado, como se a natureza estivesse agonizando com o Filho de Deus, surge em cena, logo após a citação da profecia. Para nossa supresa, Jesus, insipiradamente interpretado por Jim Caviezel, entra em cena agonizando, rezando, no Monte das Oliveiras. Acostumados a outros filmes que mostram um Jesus Glorioso, somos supreendidos logo de cara com o sofrimento de Jesus. Contra Ele, a tentação, um figura andrógina, interpretada de forma realmente convicente e assustadora por Rosalinda. Sua voz, mixada com a de outro ator, só aumentava a figura aterrorizante e repugnante do inimigo de Deus e nosso.
Em seguida, após pisar na cabeça da sepente, uma alusão ao pecado original, ergue-se Jesus, pronto a cumprir a missão redentora confiada por Deus. Jesus é traído e preso. Começa a tortura. De repente, aparece Nossa Senhora, acordando assustada, mas já sentindo no íntimo de seu coração, as dores do seu Filho. A emoção tomou conta de mim. Não conseguia ver a atriz Maia Morgentern. Via a própria Mãe de Deus e dos homens, diante dos meus olhos.
E o que dizer da cena, onde em flashback, nos é mostrada a intíma relação de amizade entre mãe e Filho? Um Jesus, que eu acredito que seja. Alegre, brincalhão. Uma Mãe, como verdadeirmente é: Mãe. Só a palavra já diz tudo e muito mais, sobre esta missão ímpar dada as mulheres. Nossa, que cena espertacular, que nos transmite em poucos minutos, que Nossa Senhora é a nossa Mãe intercessora, junto a Seu Filho Jesus.
A partir daí, a emoção começou a tomar conta de mim e de todo público presente àquela sessão de estreia. Jesus diante do Grande Conselho, o peso da consciência do traidor Judas Iscariotes que o leva ao arrenpedimento imperdoável, Pedro se ajoelhando aos pés de Nossa Senhora pedindo perdão, relembrando e muito, a brilhante atitude do seu sucessor, o saudoso João Paulo II pedindo perdão pelos erros da nossa Igreja, a humilhação de Jesus sendo debochado pelo rei Herodes, tudo isso só ia nos preparando emocoinalmente, para a cruel flagelação que Nosso Senhor seria submetido. Priscila e boa parte do público, "assistiram" de olhos fechados a crueldade sádica praticada pelo exército romano, algo, infelizmente, ainda presente nos dias de hoje, principalmente, por parte de exércitos invasores.
Começa a Via-Sacra. A emoção corre solta. As lágrimas dos presentes são impossíveis de ser contidas. No encontro de Nossa Senhora com o seu Filho, o pranto ainda maior. Chorei feito menino, e até hoje ainda choro toda vez que assisto, até mesmo sem a belíssima música, como ocorreu na semana passada, com a mais bela cena do filme, onde intercalando Jesus criança e adulto, vemos o socorro de uma mãe ao seu Filho agonizando. Um encontro tão emocionante, que chega a tocar o coração duro de um sádico soldado romano, afinal, mesmo com toda crueldade, é humano, originário de uma família.
A Via-Sacra prossegue. Nosso Senhor não ver e ouve as blasfêmias e pedradas da multidão enfurecida e tomada por um inexplicável ódio. Mesmo na dor física, apenas lembranças da ótima acolhida do povo ao sermão da montanha e a Sua chegada a Jerusalém. Dinte daquele caos animalesco, o auxílio de Simão de Cirene e Santa Verônica, nos ensinam que o ser humano é bom por natureza.
Termina a Via-Dolorosa, chega a Crucificação. Brilhantemente, a crucificação é intercalada com a instituição da Eucaristia, nos ensinando que na Santa Missa, revivermos o Sacrifício Redentor de Deus Filho Amoroso, por cada um de nós. A partir daí, comecei a não somente valorizar ainda mais a Santa Missa, mas também a minha cruzada campanha de todo fim de semana, convocando a todos, a participarem da Santa Missa Dominical.
Depois de tanto, sofrimento, Jesus dar o último suspiro e morre na cruz. Momento que os presentes deram um suspiro, pois a compaixão humana pelo sofrimento do Filho de Deus, tinha se esgotado naquelas quase duas horas de filme, como se tivessemos viajado no tempo e testemunhados toda dor e sofrimento redentor de Nosso Senhor. A última cena forte e impactante, já que a Ressurreição de Nosso Senhor, causa primeira de nossa fé cristão, no filme foi rápida e sem emoção. Nossa Senhora, com o Filho morto no colo, olhando fixamente nos nossos olhos. Mais lágrima, desta vez por peso na consciência, pelos nossos pecados.
Após tanto sofrimento, a. Acabou o filme. As luzes se acendem. O público sai num silêncio impressionante para os nossos dias tão barulhentos. Com certeza, assim como eu, todos estavam refletindo as consequências do nosso pecado, e que precisamos valorizar e fazer por merecer, o sacrifício de Deus Filho, por cada um de nós. Na saída, encontramos o então Con. Henrique, que visivelmente emocionado, apenas sorriu timidamente para nós, seguida da pergunta: "Gostaram do filme"?
Depois deste dia, perdi as contas das vezes que assistir este belíssimo filme. Na semana seguinte, estava de novo. Fui um dos primeiros a comprar o DVD antecipadamente, antes do seu lançamento. No dia programado para a sua chegada as lojas, cheguei na hora que abriu as Americanas do Shoping Iguatemi (hoje, Maceió). Com o cupom de pré-venda nas mãos, troquei pelo DVD e corri para casa para revê-lo. Anos depois, comprei o raríssimo aqui em Maceió, DVD Duplo do filme. Apesar de ter o making off do filme, ao chegar em casa, acabei foi assistindo ao filme mesmo.
Toda vez que assisto é uma nova experiência, uma nova revelação para mim. Daria um livro ou mais, partilhar cada uma delas. Mais do que um filme, A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, é um recado de Deus para todos nós.
Nota: Os comentários de D. Henrique Soares sobre o filme, você encontra no blog Evangeliza Juventude, da PJ Arquidiocese de Maceió.
Disponível em: http://evangelizajuventude.blogspot.com/2009/03/eu-vi-o-filme.html
A cada exibição, uma nova e inesquecível experiência.
No dia 16 de abril de 2011, como estava planejado no nosso cronograma, juntamos as três turmas de catequese crismal para exibimos o filme A Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson. Auditório reservado, convidamos nosso amigo Marcelão, dos Cursilhos, para trazer o seu projetor. A primeira vista, tudo certo, para começarmos a exibição, logo após a Santa Missa das crianças, sob responsabilidade da Catequese. Mas, nem tudo saiu como planejamos. Tivemos alguns problemas com o equipamento. Notebook sem programa para leitura de DVD vai, notebook sem o som vem.
Depois de quase duas horas tentando montar o equipamento, e uma hora de espera dos crismandos, enfim, exibimos o filme. Porém, ao estilo antigo, ou seja, sem som. Como sou um pouco pessimista, pensei comigo: "já era! Os crismandos vão se mandar! Ninguém quer assistir um filme mudo! Eu mesmo, quero ir embora!Exibir este filmaço sem som, é um absurdo! Um falta de respeito a uma grande obra-prima do cinema!". De fato, estava chateado, pois, sou apaixonado por este filme, e ansiava em exibi-lo aos crismandos.
O filme começou a ser exibido, e Deus fez questão de me mostrar, que nós, seres humanos e Seus filhos planejamos, mas é Ele que determina. Supreendentemente, silêncio total no auditório. Atenção toda voltada para as últimas horas de Nosso Senhor Jesus Cristo, dramatizada de forma ímpar e realista pelo elenco, dirigido inspiradamente por Gibson. E foi assim, durante toda exibição. Só não chegamos ao fim da exibição com todos presentes, porque alguns de nós, crismandos e catequistas, tínhamos outros compromissos, tendo que sair antes do termino da mesma. Mas, todos os que ficaram até o fim, como foi o meu caso, e os que tiveram que se retirar por motivos de força maior, saíram emocionados, mesmo se ter ouvido um acorde da belíssima trilha composta e conduzida por John Debney.
Incrível, como um filme do nosso século XXI, exibido sem som, consegue prender atenção e emocionar adolescentes e jovens. Mérito única e exclusivamente de
A Paixão de Cristo, que para mim, é o melhor e mais realista filme já feito sobre Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem conhece toda incrível história ocorrida nos bastidores desta maravilhosa produção, sabe que este filme é uma obra de Deus e não humana. Mel Gibson, os roteiristas, o elenco, enfim, todos envolvidos nesta produção, foram instrumentos e deixaram-se guiar pelo Espírito Santo, para emocionar e comover muitos corações.
Perdi as contas das vezes que assistir este abençoado filme. E cada vez que assisto, é uma nova experiência. A experiência com a exibição de hoje, sem dúvida, é ímpar e ficará para sempre na minha memória. Com ou sem som,
A Paixão de Cristo sempre irá nos emocionar e relembrar o sacrifício supremo de Nosso Senhor Jesus, Deus que se fez homem, Cordeiro de Deus, sem mácula,que entregou-Se livremente para salvar a todos nós, Seu filhos, pecadores, mas amados infinitamente.
Rick Pinheiro.
Vivendo inesquecíveis experiências com o filme A Paixão de Cristo.