Reflexão.
Justiça infaflível.
Alguns meses atrás, recebi numa tarde de domingo um telefonema de uma conhecida, que aos prantos, desabafava todos os problemas decorrentes de uma complicada crise financeira que ela e a família estavam passando. No meio da conversa, por repertidas vezes, ela dizia que tudo aquilo que estava passando era castigo de Deus, por ela, alguns anos atrás, ter sido infiel ao marido, algo, aliás, perdoado pelo mesmo e, principalmente, por Deus, já que a mesma se arrependeu do ato cometido e procurou o sacerdote de sua Paróquia, recebendo a absolvição de Deus, no sacramento da reconciliação.
Tentando ajudá-la, expliquei que todo pecado arrependido e confessado, é perdoado por Deus, e me aprofundando mais na conversa conseguir convencê-la que a crise financeira não era um castigo Divino por sua infidelidade conjugal, mas, em decorrência dos gastos excessivos e descontrolados com coisas desnecessárias, algo que ela mesmo admitiu no decorrer de nossa conversa por telefone.
No domingo passado, lembrei-me deste fato e fui inspirado a escrever esta postagem para dizer que Deus não é o castigador, como muitos acreditam e pregam por aí, mas um Pai Bondoso e Misericordioso, que respeita a nossa liberdade, mesmo que na maioria das vezes a usemos para fazer o mal, assim, agindo contra a Sua vontade de amor para todos nós. Como todos sabem, toda ação tem uma reação, logo, não é Deus que nos castiga por determinado pecado mas somos nós mesmo que nos castigamos, pois o mal que fazemos a outra pessoa, cedo ou tarde, retorna para nós. Não maior, nem menor, mas na mesma proporção. Assim também, o bem que fazemos retorna para nós, na mesma proporção, nem mais, nem menos. Assim, como o bem que fazemos, também retorna para nós.
Logo, a Justiça Divina que ao contrário da justiça humana repleta de defesas, recursos e tanto instrumentos jurídicos para protelar uma causa, é simples, direta e infalível. Não tem apelação, embargos ou qualquer outro meio de defesa. Fez o bem, ele volta automáticamente. Fez o mal, ele também volta, a não ser que este mal, seja reconhecido logo de cara e possa ser remediado e transformado em bem. É nestes casos, que a Justiça Divina ainda é mais justa, já que, reconhecendo o seu erro, arrepende-se e buscando remediá-lo, o pecador réu consegue, automaticamente a sua absolvição.
Deus é justo, mas também é Pai. Por isso mesmo que, eu acredito que, o bem que fazemos, agrada tanto o Seu coração Paterno, que além do bem voltar para nós na mesma intensidade que fizemos para alguém, o Pai ainda dar uma indenização a mais para nós, com mais bênçãos e graças que alegremente derrama sobre todos nós.
Rick Pinheiro.
Teólogo, professor de Ensino Religioso, graduando em Direito, catequista e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo, da Arquidiocese de Maceió.
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