Filmes.
As belas lições do filme Homens e Deuses.
Antes de mais nada um aviso: se você pretende assistir o filme Homens e Deuses, mas é daqueles que não gosta de saber os detalhes de um filme antes de assisti-lo, sugiro que pare de ler imediatamente esta postagem e retorne após assistir este belíssimo filme. Bem, se você prosseguiu ou está voltando agora após ir ao cinema, prepare-se para ler uma partilha sincera de um belo filme que faz um retrato fiel da nossa Igreja. Espero que os meus comentários sirvam para animá-lo a reunir seus familiares e amigos, e ir ao cinema prestigiar esta obra-prima francesa.
O filme relata um fato real que caiu no esquecimento da mídia: o martírio de monges franceses na Argélia. Afinal, o que rende é um membro da nossa Igreja cometer um erro e não as boas ações e sacrifícios que, todos os dias, a maioria massacrante da nossa Igreja está fazendo pelo mundo a fora. Se um membro da Igreja erra, todos pedem providência. Mas, um massacre ocorrido a mais de dez anos, sem nenhuma explicação até hoje, todos se calam. E ainda dizem que é somos nós, Igreja de Cristo, que nos omitimos diante de tantos crimes violentos cometidos a cada segundo, em todo mundo.
A primeira lição que Homens e Deuses nos ensina vem logo nos primeiros minutos de projeção. Vemos os sete monges vivendo sem luxo, numa vida simples, servindo uns aos outros e a comunidade local. Cultivam sua pequena horta, onde tira sustento para manter o mosteiro. Claramente, vemos que são homens que abraçaram fielmente a sua vocação. Uma das cenas mostra o diálogo entre um velho monge e uma moça local que o questiona se já tinha se apaixonado. A resposta é belíssima, uma profissão de fé sacerdotal, que todos os dias, através de gestos concretos os nossos sacerdotes fazem: "Várias vezes, até que apareceu um Amor ainda maior e eu respondi a este amor.". Uma simples frase que faz abrir os olhos de qualquer defensor do fim do celibato sacerdotal. Pelo menos, daqueles que tem a mente e o coração abertos a compreender a vontade de Deus.
Outra lição que está presente em todo filme é o diálgo inter-religioso e a convivência harmoniosa e respeitosa com irmãos de outros credos. Os monges moravam num país e região predominantemente muçulmana, mas, nem por isso se fecham. Muito pelo contrário, acolhem e respeitam a todos, fornecem assistência médica, aconselhamento a todos, sem exceção, indepedente de credo. E esta mesma atitude, eles tem com os terroristas, extremistas islâmicos. É impactante a cena onde o líder dos terroristas, após o prior dizer que eles invadiram o mosteiro num momento importante para fé cristã (no caso, o Natal), reconhecer sua falha e pedir desculpas. Em outra cena, anterior a esta, vemos na mesa de estudos do prior, o Alcorão, e graças a esta leitura e estudo quase que diário, que ele e os demais monges, mantêm um diálogo amigável e aberto com todos os muçulmanos, tanto os hospitaleiros vizinhos, como os violentos invasores extremistas.
O filme também nos ensina sobre o serviço, atuando onde estivermos. Viver num mosteiro não quer dizer viver fora da realidade, nem excluído da sociedade. Os monges daquele mosteiro localizado na Argélia, prestavam assistência médica gratuita aos moradores do povoado. Por quê nós, de acordo com a nossa vocação e área dec atuação, não podemos nos doar para os irmãos mais necessitados, como faziam aqueles monges? Somos Igreja, Missionária e Samaritana.
Constatamos também que ser cristão não é dizer que somos super-humanos. O filme todo gira em torno da dúvida e medo dos monges, sentimentos tão comuns a todos nós, diante das dificuldades, principalmente, quando o que está em risco é a nossa própria vida. Mas, Deus não nos abandona e como diz a Palavra, o Espírito Santo vem em auxílio a nossa fraqueza. Foi o que aconteceu com aqueles santos homens, que mesmo com medo, não abandonaram a sua fé e aqueles irmãos e irmãs que tanto eles amavam, e corajosamente abraçaram sua cruz e aceitaram conscientemente o martírio. Logo, o filme deveria se chamar Homens e Santos Martíres. Mas, se levarmos em conta que os Deuses do título é baseado num versículo biblíco, até que é aceitável.
Pois é irmãos e irmãs, cinema não é apenas diversão. Deus, que suscitou em Seus filhos e filhas os dons artísticos, e sempre que eles se abrem a ação do Seu Espírito Santo, os usa para nos dar belíssimos recados e aumentar ainda mais a nossa fé. No caos de Homens e Deuses, particularmente, sair mais animado na minha fé e cada vez mais orgulhoso de ser católico. Com certeza, o mesmo acontecerá com todo católico que assistir a este belíssimo filme.
Rick Pinheiro
Cada vez mais feliz e orgulhoso por ser católico.
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