EU FUI ABENÇOADO.

Hoje completa um mês que tive a graça Divina de começar a participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, um momento único e inesquecível em minha vida. Com humanos que somos, logo, falhos, temos uma tendência muito forte em nos fecharmos um pouco à medida em que o nosso tempo de caminhada vai aumentando e nos blindamos, não nos deixando emocionar tão facilmente. Afinal, com tanto encontros, retiros, a maioria com a mesma metodologia e cronograma,  deixamos nos abater pela rotina  e acabamos não deixando que Deus nos toque. Mas, Ele sabe o que faz e como Bom Pastor que é, não abandona a nenhum de nós, suas ovelhinhas tão preciosas, e sempre está nos convidando a reavivar a nossa fé, acendendo a chama do nosso compromisso com Ele e Sua Igreja. Particularmente, esse ano em que completei dezenove anos de caminhada na Igreja, Ele vem me presenteando com momentos únicos, inesquecíveis e o ponto alto foi a JMJ.

Deus já começou agindo antes mesmo de embarcar ao Rio de Janeiro. Primeiramente, me presenteando ainda no começo do ano, em janeiro, quando participei do Encontro Geral do movimento C.J.C., na belíssima cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Em seguida veio o convite de servir no E.J.C., eu, que justamente sou um dos "dinos" do movimento e há muitos anos não tinha sido convidado mais nada. Com a JMJ, juntei dinheiro, mas, faltava-me pelo menos uma companhia para ir comigo. Como sei que somos filhos de um mesmo Pai e que temos uma Mãe amorosa que zela por cada um de nós, seus filhinhos tão amados, tentei, sem êxito, ir em algumas das várias caravanas organizadas nas Paróquias da nossa Arquidiocese. Quando já tinha perdido as esperanças, faltando cerca de três semanas, eis que surge uma vaga no grupo organizado pela SALETUR, empresa de turismo de nossa capital alagoana que tem como diferencial o turismo religioso e peregrinações. Não pensei duas vezes e em três dias do comunicado feito para agência, já tinha garantido a minha presença neste encontro com Deus tão abençoado.

Realmente, a JMJ é um encontro com Deus. Várias pessoas, ignorantes sobre o quesito fé, me fizeram e ainda fazem a pergunta se eu fui ver o Papa. Sempre respondo, também, mas, muito mais do que isso. Apesar de parecidos, peregrinação e turismo são diferentes. Evidente que Deus, na sua infinita bondade, nos concede a graça de conhecemos lugares belíssimos como Natal e Rio de Janeiro. De quebra, Ele ainda concede-nos as graças de realizarmos os nossos sonhos tão antigos, que andavam até esquecidos e adormecidos como, no meu caso, conhecer o Cristo Redentor e a sede do meu time de coração, o Flamengo. Mas, peregrinar, acima de tudo, né nos reencontrarmos com Deus, escutar o que Ele tem a nos dizer, nos dando a oportunidade de parafraseamos o profeta e dizer "Eis-me aqui, Senhor! Seu servo te escuta." E Ele se faz presente. Incrível como em apenas seis dias, sentirmos tão forte a presença de Deus, como se Ele tivesse mesmo descido e cobrido com Sua graça e paz a cidade maravilhosa. 

Particularmente, fui com muito receio a viagem. Afinal, além de sermos bombardeados todos os dias pelos noticiários com as mazelas violentas do Rio, ainda tinha o fato deste blogueiro, nunca ter viajado de avião e tinha horror a ideia. Mas, todos esses medos e anseios se foram tão logo cheguei no Aeroporto Zumbi dos Palmares aqui em Maceió, se confirmando no Rio de Janeiro, onde andei bem mais tranquilamente, algumas vezes sozinho, ou melhor dizendo, com Deus ao meu lado, me guiando e me protegendo. De fato, sentir mais do que nunca na minha vida que Ele está no meio de nós.

São tanta experiências, histórias, desabafos, testemunhos de cada um de nós, de cada um dos seis dias da JMJ. E os fruto são vários: fé reavivada, sonhos realizados, novos amigos, irmãos e irmãs em Cristo que eu ganhei, amizades antigas renovadas, trocas de souvenir com irmãs e irmãs de outros países, onde não conhecíamos o idioma, mas, nos comunicávamos tão bem e nos entendiamos perfeitamente, afinal, o mesmo Espírito Santo presente no Pentecostes do capítulo segundo dos Atos dos Apóstolos também está presente hoje em cada um de nós batizados.De fato, a experiência com Deus na JMJ é imensa, que gera milhares de relatos e infinitas partilhas. Tanto que passei um mês para escreve esta postagem. O que posso dizer, em síntese, é que fica em nossos corações a certeza que Deus está na Sua Igreja, que não estamos sós pois somos a Sua Igreja e que, como disse São João Bosco, Deus nos coloca no mundo para os outros. E que venha Cracóvia! E espero está lá e encontrar você que acaba de ser esta pequena partilha.

Rick Pinheiro.

Infinitamente agradecido a Deus por, mesmo sem merecer, ser agraciado em participar e vivenciá-Lo na Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

O EXEMPLO DO SEU GERALDO.

A cerca de dois meses, todos os dias, na hora do almoço, tomo um shake emagrecedor num estabelecimento dirigido pelo Sr. Geraldo, um pai de família de meia-idade, muito simpático, comunicativo  e acolhedor.  Sempre atencioso, faz questão de abrir o estabelecimento na hora certa e ainda avisar aos clientes antecipadamente quando não irá abrir o local. Hoje, aconteceu algo no mínimo inusitado: Seu Geraldo abriu o estabelecimento dez minutos atrasados. Chegando apressado, tratou logo de se desculpar pelo insignificante atraso e explicou que este ano, ele colocou como prioridade dar atenção a sua família. Isso me chamou atenção e me fez recordar que as raras vezes em que ele não abriu o estabelecimento foi justamente para fazer alguma surpresa a esposa ou prestigiar alguma atividade escolar da sua filhinha. Todos os dias, antes de abrir o estabelecimento, Seu Geraldo faz questão de almoçar com a família. Oxalá, que todos os pais de família seguissem o exemplo do Seu Geraldo. Com certeza, teríamos um mundo melhor, afinal, a família é a base de toda sociedade, um pedaçinho da pátria celeste aqui na Terra, um presente e tanto que Deus concede a todos  nós. Rogo a Deus para que continue abençoando abundamente a família do Seu Geraldo, como também suscinte no coração dos pais e mães de família, a  seguirem o exemplo da  Sagrada Família de Nazaré, reservando e priorizando suas respectivas famílias, como faz tão bem o Seu Geraldo.

 

Rick Pinheiro.

Teólogo, professor de Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia, acadêmico de Direito, catequista crismal e membro do Grupo Teatral Apoteose da Paróquia do Divino Espírito Santo e membro do movimento C.J.C. - Comunidade de Jovens Cristãos da Arquidiocese de Maceió.

PAULO VI: O PAPA DA MISERICÓRDIA.

DICA DE FILME: PAULO VI: O PAPA DA MISERICÓRDIA.

 

Uma das maiores belezas da nossa Igreja, sem sombra de dúvida, são os testemunhos de homens e mulheres que, mesmo diante de tanta dificuldades, conseguiram fazer a diferença neste mundo e buscaram viver fielmente a vontade de Deus. E quando estes belíssimos exemplos de fé são retratados em bons filmes, muito bem realizados e, principalmente, fiéis aos fatos da vida do cinebiografado, servem para nós como revitalizantes da nossa fé. É o caso do emocionante telefilme italiano Paulo VI: O Papa da Misericórdia, que narra a emocionante história do saudoso pontífice que tanto fez e revolucionou a nossa Igreja. Dividido em duas partes, o filme narra de forma cativante e muito bem feita, a vida do Paulo VI, antes mesmo de ser eleito Papa, que viveu e atuou na Igreja em momentos tempetuosos da história mundial, como a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria, o crescimento do marxismo, e que abriu caminho para o diálogo com outras religiões e crenças, para uma Igreja Missionária e para a consolidação e êxito do Concílio Vaticano II, iniciado pelo seu antecessor o também saudoso Papa João XXIII.

 

Além da figura ímpar do Papa Paulo VI, o filme também emociona por trazer, mesmo que brevemente, outras pessoas especiais e abençoadíssimas como ele, que também são testemunhos vivos que vale a pena seguir a Deus, como os Papas Pio XI, Pio XII e João XXIII, o beato João Paulo II, ainda como um jovem arcebispo e da beata Madre Teresa de Calcutá. Enfim, um filmaço tocante, emocionante e para nós católicos também edificante e animador, que precisa ser visto e revisto por nós, mesmo com uma longa duração, de mais de três horas de duração, que, digo de coração, passam que nem percebemos de tão bela que é o exemplo de vida e fé do nosso saudoso Papa Paulo VI. Não deixe de assistir este filmaço, que postarei completinho na próxima postagem.

 

Rick Pinheiro.

Feliz e orgulhoso por ser católico, pelos exemplos de vida e fé como do saudoso Paulo VI.

 

 

 

Papa Paulo VI: O Papa peregrino e inovador,

muito bem retratado neste emocionante filme.